OS ELEMENTOS
Os elementos do fogo, ar, terra e água servem como os blocos básicos de construção para toda a matéria no universo físico. Culturas xamânicas têm procurado por muito tempo viver em harmonia com, ou até mesmo ter domínio sobre os elementos. Para que isso aconteça, eles chamam as forças primordiais do Espiríto e da Decadência. Na realidade, como a magia arcana. Este tipo de energia é totalmente volátil e jogá-la requer precisão e concentração intensa. Por outro lado, a Desordem manifesta-se como uma energia Vil altamente destrutiva. Esta energia brutal e extremamente viciante é alimentada pela vida de qualquer ser vivo. Aqueles que procuram trazer o equilíbrio para os elementos dependem de Espírito (por vezes referido como o “quinto elemento” por xamãs, ou “chi” por monges). Tais seres dão vida e interconectam todas as coisas na existência como uma só. Decadência é uma ferramenta de xamãs que visam subjugar transformar os elementos em uma arma.
REINO DOS ELEMENTOS (OU REINO ELEMENTAR)
Por muitos séculos longínquos, o Panteão continuou vasculhando o cosmos por titãs que nasciam, trazendo fim a incontáveis mundos no processo. No entanto, apesar de seus esforços, eles não encontraram mais de seu povo. Às vezes, os titãs do Panteão se perguntavam se sua busca era em vão, mas eles sempre resolviam continuar. Eles sabiam em seus corações que mais almas dos mundos existiam, e esta esperança encheu-os de propósito.
Embora que o Panteão não soubesse, sua intuição estava correta. Um novo mundo milagrosamente foi tomando forma em um canto isolada da grande escuridão. Profundamente dentro do núcleo deste mundo, o espírito de um titã poderoso e nobre agitada à vida.
Um dia, ele seria conhecido como Azeroth. Enquanto o titã se desenvolvia*, espíritos elementais vagavam pela superfície do mundo. Ao passar dos anos, esses seres foram se tornando cada vez mais errôneos e destrutivos. A alma do mundo que florescia era tão vasta que tinha consumido uma parte do Espírito, mas conhecido pelos xamãs como “quinto elemento”. Sem essa primordial força para criar o equilíbrio, os espíritos elementais de Azeroth mergulharam no caos.
Fogo, terra, ar e água eram as forças que dominavam a jovem Azeroth. Eles apareceram em conflitos intermináveis, mantendo a face de Azeroth em um fluxo elementar constante. Quatro senhores elementais, poderosos além da compreensão mortal, reinaram supremos sobre inúmeros espíritos menores.
Dos senhores elementais, ninguém poderia coincidir com a astúcia cruel de Al’Akir, o Senhor dos Ventos.
Ele muitas vezes enviou seus agentes tempestuosos** para espionar seus inimigos e semear desconfiança entre suas legiões. Usando fintas e artifícios, ele iria colocar os outros elementais uns contra os outros, para que mais tarde ele conseguisse libertar a fúria de seus servos em cima de seus inimigos enfraquecidos. Os ventos uivavam e o céu escureceu com a aproximação da tempestade. Como um relâmpago explodindo a superfície do mundo, vários turbilhões de Al’akir desceram gritando do céu, envolvendo seus inimigos em monstruosos ciclones.
Ragnaros, o Senhor do Fogo, desprezou a forma covarde de Al’akir. Compulsivo e impiedoso, o Senhor do Fogo libertou sua força bruta para aniquilar seus inimigos. Onde quer que fosse, vulcões irromperam da crosta do mundo, expelindo rios de fogo e destruição. Ragnaros ansiava por nada além de ferver as marés, reduzir as montanhas à escória, e sufocar os céus com brasa e cinzas. Esses ataques constantes e devastadores semearam ódio nos outros senhores elementais.
Therazane, a Mãe-Terra era a governante elemental mais solitária.
Sempre protetora de seus filhos e filhas, ela levantou imponentes cadeias de energia montanhosa para repelir ataques de seus inimigos. Só depois de terem esgotados a si mesmos tentando quebrar suas fortificações impenetráveis, a Mãe-Terra surgiu, abrindo abismos gigantes na terra para engolir exércitos elementais inteiros. Aqueles que sobreviveram se encontrariam esquecimento nos punhos dos servos mais poderosos da Therazane: a montanha de cristais e pedras impecáveis***.
Neptulon, o sábio Caçador das Marés teve cuidado para não cair nos regimes de Al’Akir* ou se submeter a seus agentes para ataques infrutíferos contra as fortes cidadelas de Therazane. Como os exércitos de fogo, ar e terra entraram em confronto em toda a face de Azeroth, o Caçador das Marés e seus elementais iriam se dividir e conquistar seus rivais em rotas brilhantes. Caso seus inimigos fugissem, Neptulon iria esmagá-los sob maremotos que atingiriam um anão que estivesse no domínio mais alto de Therazane.
A batalha apocalíptica entre os senhores elementares durou milênios incalculáveis. O domínio sobre Azeroth era constantemente deslocado entre as facções, cada um se esforçando para refazer o mundo em sua própria imagem. No entanto, para os elementais, a vitória era apenas um objetivo secundário do conflito em si**. Para eles, quem perdesse ou quem ganhasse o mundo estava em um estado horrível, e o único desejo de tais era apenas continuarem seus ciclos intermináveis.
A VINDA DOS DEUSES ANTIGOS
Os senhores elementais se deleitavam em meio ao tumulto primordial até que um grupo de Deuses Antigos ficaram em queda livre na Grande Escuridão. Eles se chocaram contra a superfície de Azeroth, incorporando-se em diferentes locais em todo o mundo. Estes Deuses Antigos elevaram-se sobre a terra, feito uma montanha de carne marcada com centenas de bocas e olhos negros insensíveis. Um miasma de desespero cobria tudo o que estava em suas sombras retorcidas.
Como gigantescas pragas cancerígenas, os Deuses Antigos espalharam a sua influência corruptora através da paisagem. A terra ao redor deles fervia e murchava, tornando-se negra e sem vida. Em todo o momento, os tentáculos dos Deuses Antigos atacavam a crosta do mundo, deslizando cada vez mais fundo em direção ao coração indefeso de Azeroth.
A matéria orgânica escoou a partir das formas arruinadas dos Deuses Antigos, dando origem a duas raças distintas. O primeiro foram os N’raqi, astutos e inteligentes, também conhecidos como os “sem rostos”. A segunda foram os A’qir, insectóides de incrível resistência e força. À medida que as manifestações físicas dos deuses antigos apareciam, essas duas raças serviram seus donos com uma lealdade fanática.
Através de seus novos funcionários, os Deuses Antigos expandiram as fronteiras de seus domínios remotos. Os N’raqi agiram como capatazes cruéis, empregando os A’qir como trabalhadores para construir cidadelas altas e “cidades-templo” ao redor do tamanho colossal de seus senhores. O maior desses baluartes foi construído em torno Y’Shaarj, o mais poderoso e perverso dos Deuses Antigos.
Esta civilização florescente era localizada perto do centro do maior continente de Azeroth. Com a participação de Y’shaarj, o domínio dos deuses cresceu e logo se espalhou pelo mundo a tornar-se conhecido como o Império Negro.
A ascensão do Império Negro não passou despercebida pelos elementais. Vendo os Deuses Antigos como um desafio e uma ameaça ao seu domínio, os senhores elementares aliaram-se para extirpar as entidades de seu mundo. Pela primeira vez na história de Azeroth, espíritos nativos do mundo trabalharam em uníssono contra um inimigo comum. Tempestades de Al’Akir juntaram-se com funcionários inflamados de Ragnaros, criando ciclones monstruosos de chamas.
Estas tempestades de bolas de fogo assolaram o mundo inteiro, reduzindo as cidadelas do Império negro em cinzas. Em outros lugares, Therazane levantou paredes de rochas irregulares para encurralar seus inimigos e destruir suas “cidades-templo”.
O IMPÉRIO DE ZUL E O DESPERTAR DE AQIR ( 16.000 ANOS ANTES DO PORTAL NEGRO)
De geração em geração, a vida floresceu em todo o mundo chamado de Azeroth. Em nenhum lugar esse florescimento ficou tão aparente como nas florestas densas ao redor da Nascente da Eternidade. A fonte vital da magia arcana de Azeroth que acelerou os ciclos de crescimento e renascimento. Em pouco tempo, seres conscientes evoluíram na terra com suas formas primitivas.
Entre as primeiras mais produtivas se encontravam os trolls, uma raça de caçadores selvagens que cresceram nas selvas e florestas de Azeroth. Embora os trolls possuíam apenas uma inteligência média, eles tinham muita força e uma agilidade incrível. Sua fisiologia única também lhes permitiu que se recuperassem de lesões físicas a um ritmo surpreendente, e até podiam regenerar membros perdidos ao longo do tempo.
Os primeiros trolls desenvolveram uma grande variedade de costumes supersticiosos. Alguns praticavam canibalismo e dedicaram-se à guerra. Outros poucos raramente procuravam as práticas de comunhão e meditação. Outros ainda tinham aperfeiçoado os seus laços com uma energia negra estranha conhecida como Vodu.
No entanto, não importando os seus costumes, o que todos os trolls compartilhavam era uma religião que girava em torno de deuses indescritíveis de Kalimdor. Os trolls chamavam esses seres poderosos de “loa”, e eles os adoravam como divindades.
Devido a sua reverência para com os Deuses Selvagens, os trolls se reuniram perto de uma série de picos e planaltos no Sul de Kalimdor. Este foi certamente o lar dos honoráveis Loas. Os trolls deram à montanha sagrada o nome de Zandalar, e logo eles construíram pequenos acampamentos sobre suas encostas.
O grupo dos mais poderosos entre os trolls autonomeavam-se “Zandalari”. Tais membros ficaram com a parte mais alta da montanha, acreditando que tal era um solo sagrado. No topo dos picos mais altos eles construíram templos rígidos. Com o tempo, o lugar virou uma movimentada cidade tróllica conhecida como Zul’dazar.