Ano 144.500
Origens Ancestrais
No coração das Montanhas de Khaz, sob a égide de picos imponentes e vales insondáveis, jaz o reino de Altaforja, o berço da civilização anã. A história dessa fortaleza e de seu povo começa na aurora dos tempos, em uma era onde criaturas titânicas esculpiam o mundo conforme a sua vontade. Os ancestrais dos anões, conhecidos como os terranos, surgiram a partir da carne da própria Azeroth, forjados pelos titãs na luta contra os primeiros seres malignos que assolavam o mundo primitivo. Esse legado titânico nutriu as raízes da cultura anã, seus métodos de construção, suas tradições bélicas e seu inigualável talento para a forja e a mineração.
Com o passar de eras, esses seres terranos adormecidos despertariam de seus leitos cristalinos sob a forma dos primeiros anões. Isso decorreu por influência das energias residuais dos Poços dos Eternos, despertando-os para uma nova consciência. Altaforja tornou-se então o símbolo mais sagrado dessa transmutação, o lar onde os anões construiriam sua identidade, suas leis, e as fundações de uma sociedade que prosperaria moldada pelas tradições e memórias de seus ancestrais terranos.
A Fundação de Altaforga e o Reino Anão
A fundação de Altaforja não é apenas um marco arquitetônico, mas um evento que significou o despertar de um povo em busca de identidade, território e propósito. Ao escavarem as profundezas da terra, os anões não só construíram sua capital mas também desenterraram os segredos de sua própria origem. Esta descoberta foi crucial para o desenvolvimento da arqueologia anã, uma disciplina que se tornaria intrínseca à sua cultura. Eles revelaram artefatos e relíquias que contavam a história dos titãs e de seus antigos inimigos, os destruidores elementais comandados por seres como Ragnaros, o Senhor do Fogo.
Sob a liderança de Modimus Anvilmar, o povo anão viveu um período de relativa paz e prosperidade. Contudo, com a morte de Anvilmar, surgiram disputas internas que ameaçavam a unidade do reino. Três grandes clãs disputavam a liderança de Altaforja: os Barbabronzes, os Martelo Feroz e os Ferro Negro. Essas disputas culminaram no conflito conhecido como a Guerra dos Três Martelos, um evento que marcaria permanentemente a história do reino de Altaforja. Apesar desses conflitos, os anões conseguiram preservar a supremacia de sua civilização nas Montanhas de Khaz, continuando a expandir suas fronteiras e fortificar sua capital.
O despertar da sociedade anã não se restringiu apenas aos confins de seu reino subterrâneo. Sua era de expansão teve início com a era da exploração, na qual os anões, movidos por insaciável curiosidade e espírito aventureiro, atravessaram os continentes em busca de conhecimento antigo e novos recursos. Foi durante essas explorações que os anões fortaleceram laços com os humanos, uma aliança que seria fundamental nos confrontos contra as inúmeras ameaças que pairavam sobre Azeroth.
Essa parceria, selada durante a formação da primeira Aliança durante a Segunda Guerra contra a Horda orque, evidenciou o caráter honrado e resiliente dos anões. Sua maestria em engenharia e forja forneceu à Aliança recursos bélicos sem precedentes, enquanto seus guerreiros, implacáveis e destemidos, mostravam o valor de Altaforja no campo de batalha. A participação crucial dos anões na defesa do mundo contra as forças da Horda expandida foi um testemunho de sua bravura, inteligência e lealdade inabaláveis.
Altaforja no Mundo Moderno
No cenário atual de Azeroth, Altaforja permanece um bastião de fortitude, tradição e inovação. Sob o reinado do Rei Magni Barbabronze, o Reino sob a Montanha experimentou uma era de renovação tecnológica e diplomática. A tragédia que transformou Magni em diamante serviu apenas para fortalecer os laços entre os anões e as demais raças da Aliança, com sua filha Moira Thaurissan – proveniente de uma linhagem que unia dois dos clãs antagônicos da Guerra dos Três Martelos – assumindo um papel de liderança, exemplificando a resiliência e a capacidade de união do povo anão.
A jornada dos anões desde seu despertar sob as montanhas de Khaz até os dias atuais é uma saga de descoberta, conflito e camaradagem. Altaforja, com suas magníficas estruturas forjadas na rocha viva e nas chamas das grandes fornalhas, não é apenas o lar dos anões, mas um símbolo de sua indomável vontade de persistir, aprender e prosperar. A história de Altaforja e dos anões é um lembrete perene dos laços intrincados entre tradição e progresso, entre o passado enterrado e o futuro ainda a ser forjado.