A Gênese da Coroa e do Trono de Gelo
Nos tempos ancestrais, antes de Azeroth se ver enredada nas lutas incessantes de poderes além da compreensão mortal, existiam artefatos de poder inimaginável, criados por entidades cujos nomes foram esquecidos pelo tempo. Entre esses artefatos, a Coroa e o Trono de Gelo se destacaram como pilares de poder capazes de dobrar a realidade a sua vontade. A origem da Coroa e do Trono de Gelo está enraizada na história da criação do Lich Rei, um ser forjado pela Legião Ardente com o propósito de preparar Azeroth para uma invasão sem precedentes. Kil’jaeden lançou o esquife congelado de Ner’zhul ao mundo de Azeroth. O cristal cortou o céu estrelado e se chocou contra o continente ártico e desolado de Nortúndria, adentrando as profundezas subterrâneas do Glaciar Coroa de Gelo. O cristal congelado, deformado e marcado por sua descida violenta, assumiu uma forma semelhante à de um trono, e não demorou muito até que espírito vingativo de Ner’zhul se agitasse dentro dele.
O Trono de Gelo, uma massa imponente de gelo escuro e magias arcanas, foi infundido com o espírito de Ner’zhul, transformando-o no primeiro Lich Rei. A Coroa, uma relíquia de comando e controle, seria o meio pelo qual o Lich Rei exerceria seu domínio sobre os mortos-vivos, uma legião de horrores sem vida destinada a servir como o precursor do apocalipse da Legião Ardente em Azeroth. Essas duas peças se tornaram símbolos do terrível poder do Lich Rei, dotando-o de habilidades para orquestrar a queda dos vivos.
A Expansão da Consciência de Ner’zhul
Com sua existência confinada ao Trono de Gelo, Ner’zhul, agora o Lich Rei, começou a estender seus tentáculos mentais através de Nortúndria, tocando a mente de seus habitantes. Sua consciência, ampliada pelos poderes arcanos e sombrios do trono, permitiu-lhe sussurrar para os vivos e os mortos, dobrando-os à sua vontade com promessas de poder e visões de conquista. Essa habilidade de influenciar e manipular foi fundamental para que Ner’zhul reunisse um exército, mesmo estando fisicamente confinado.
Inicialmente, a influência de Ner’zhul era sutil, um murmúrio quase indistinguível que se confundia com os pensamentos dos habitantes de Nortúndria. Com o passar do tempo, sua presença tornou-se uma sombra onipresente, um sussurro constante nas mentes de todos na região.
Ner’zhul lançou ao deserto ártico uma peste de morte-viva que havia se originado nas profundezas do Trono de Gelo. Controlando a peste apenas com sua vontade, o lich a levou direto à vila dos humanos. Dentro de três dias, todos na vila estavam mortos, mas em pouco tempo os corpos zumbificados se erguiam novamente. Ner’zhul sentia os espíritos e pensamentos de cada um deles como se fossem os seus próprios. A cacofonia ensurdecedora em sua mente fez com que Ner’zhul se tornasse ainda mais poderoso, nutrindo-se da energia dos espíritos. O lich percebeu rápido que o esforço que despenderia para controlar aqueles zumbis e guiá-los para qualquer fim por ele almejado seria insignificante.
Nos meses seguintes, Ner’zhul continuou seus experimentos com a peste da morte-viva, subjugando todos os habitantes humanos de Nortúndria. A cada dia que se passava o exército de mortos-vivos crescia, e Ner’zhul sabia que a hora de sua provação final se aproximava.
A Teia de Controle se Espalha
Com cada ser que caía sob o feitiço de Ner’zhul, sua rede de controle se expandia, consolidando seu domínio sobre Nortúndria. Aranheiras, abominações, e necromantes tornaram-se peões em seu jogo sombrio, cada um contribuindo para a disseminação da praga que transformaria os vivos em parte de seu exército morto-vivo. Os valentes que tentaram resistir foram rapidamente consumidos ou transformados, e aqueles que se submeteram à vontade do Lich Rei fizeram-no sob a promessa de imortalidade e poder.
A influência insidiosa de Ner’zhul não conheceu limites, estendendo-se além da morte. Ele provou ser um estrategista e manipulador magistral, usando seu poder não apenas para controlar, mas para corromper a essência mesma de Nortúndria. Sob seu comando, o Lich Rei não apenas expandiu seu exército, mas também infundiu as terras geladas com uma magia sombria que alterou irrevogavelmente sua natureza. Nortúndria se tornou um reino de escuridão e morte, um reflexo do coração do Lich Rei.
O Legado do Lich Rei
A ascensão do Lich Rei Ner’zhul e a criação da Coroa e do Trono de Gelo marcaram um novo capítulo na história tumultuada de Azeroth. A influência de Ner’zhul, estendida por meio da Coroa e do Trono, estabeleceu a fundação para conflitos que iriam reverberar por eras, impactando não apenas o destino de Nortúndria, mas de todo o mundo. A história do Lich Rei é um lembrete sombrio do poder da corrupção e da ambição, a história de um ser que buscou o domínio supremo, apenas para se tornar prisioneiro de seu próprio trono de gelo. A trama da Coroa e do Trono de Gelo é uma parte intrincada da tapeçaria de Azeroth, uma saga de poder, traição e redenção que continua a fascinar e atormentar aqueles que se aventuram em suas sombrias profundezas.