Prelúdio de Conflitos Sombrios
O Despertar de Velhas Raivas
Dez anos após o término da Primeira Guerra, que viu o Reino de Azeroth despedaçado pelo ataque da Horda, uma paz tensa pairava sobre o reino de Lordaeron. Entretanto, em meio às sombras das florestas e vales de Azeroth, um antigo mal começou a despertar. Nas profundezas das terras conhecidas como Pântano das Lágrimas, algo sinistro rastejava e se entrelaçava em torno do coração do mundo. As aranhas de Nerub, criaturas esquecidas de uma época anterior até mesmo ao surgimento da Horda e da Aliança, começaram a emergir de suas covas ancestrais. Governadas pela entidade apenas conhecida como Senhora da Teia, essas criaturas outrora pacíficas foram corrompidas por um poder antigo, sedento por vingança e destruição.
Líderes de várias cidades-estado que haviam sobrevivido à carnificina da guerra começaram a reportar desaparecimentos misteriosos e ataques a caravanas. Rumores de aranhas gigantes assombravam as noites dos cidadãos, criando um clima de crescente paranoia e medo.
A União das Raças
Na medida em que os ataques aumentavam, tornou-se claro para os líderes de Lordaeron que algo precisava ser feito. O Rei Terenas Menethil II, consciente do perigo que aquelas entidades representavam, convocou um conselho de guerra. Este não era um inimigo comum; as aranhas de Nerub possuíam inteligência e estratégias de combate que as tornavam adversárias temíveis. Ademais, o veneno letal e a habilidade de tecer teias mágicas capazes de aprisionar ou confundir seus adversários faziam delas um oponente a ser tratado com extremo cuidado.
A resposta de Lordaeron foi formar uma coalizão sem precedentes. Anões das Montanhas Khaz Modan, Elfos Altos de Quel’Thalas, e até mesmo alguns representantes dos Clãs Orcs, que buscavam redenção após os erros de seu passado de conquista sangrenta, uniram-se sob a bandeira da Aliança de Lordaeron. Humanos, anões, e elfos, cada um trazendo suas habilidades únicas e magias para o campo de batalha, começaram a formar uma estratégia para confrontar a crescente ameaça. Magos de Dalaran e sacerdotes da Igreja da Luz Sagrada ofereceram suas bênçãos e feitiços, enquanto guerreiros e arqueiros se preparavam para a luta que estava por vir.
Este foi o prelúdio do que seria conhecido como a Guerra da Aranha. Um conflito que não apenas testaria a força e a unidade da recém-formada Aliança, mas também desvendaria segredos sombrios enterrados nas profundezas da terra, segredos de uma era em que o mundo era selvagem e desconhecido. As engrenagens do destino começavam a girar, e o pano de fundo estava preparado para uma das mais singulares e desafiantes batalhas da história do reino de Azeroth.
A Marcha Sobre as Profundezas
O Cerco às Sete Portas de Azjol-Nerub
A aliança recém-forjada sabia que para enfrentar a ameaça das aranhas de Nerub adequadamente, eles precisavam levar a batalha até as profundezas de Azjol-Nerub, o reino subterrâneo de onde as criaturas emergiam. Este reino, uma vasta rede de túneis e salões cavados ao longo de milênios, era protegido pelas Sete Portas de Azjol-Nerub, cada uma defendida por feitiços antigos e sentinelas ferozes. A estratégia era clara: romper essas defesas e enfrentar a Senhora da Teia em seu próprio domínio.
As batalhas para romper cada porta foram árduas e sangrentas. As aranhas, usando suas habilidades de emboscada e sua maestria nas teias, causavam baixas consideráveis às forças da Aliança. Contudo, a resiliência dos combatentes e a magia dos feiticeiros e sacerdotes começaram a virar o jogo, permitindo avanços lentos, mas constantes, pelas passagens escuras de Azjol-Nerub.
A Revelação nas Sombras
À medida que avançavam, o exército da Aliança começou a descobrir que Azjol-Nerub guardava mais do que apenas aranhas e teias. Anões exploradores encontraram inscrições antigas nas paredes, contando histórias de uma civilização que outrora habitou aqueles salões antes mesmo das estrelas serem nomeadas. Essas criaturas, conhecidas como os Nerubianos, eram seres sábios e poderosos que foram subjugados e transformados após a chegada da corrupção trazida pela Senhora da Teia. A revelação de que as aranhas eram, na verdade, vítimas de uma maldição antiga, acrescentou um novo peso à guerra. A Aliança não estava apenas lutando contra um inimigo; estava tentando libertar um povo perdido de seu tormento eterno.
Com essa nova compreensão, a determinação das forças da Aliança se fortaleceu. Elfos, humanos, anões e orcs, cada um movido por suas próprias razões, encontraram um propósito comum nesse conhecimento. As batalhas que se seguiram foram ainda mais intensas, alimentadas não apenas pela vontade de sobreviver, mas também por um desejo de justiça e redenção para aqueles aprisionados pela corrupção.
O Confronto Final
Após meses de conflitos contínuos e após terem rompido as seis primeiras portas, as forças da Aliança enfrentaram o último desafio: a sétima porta, guardada pela própria Senhora da Teia. Este confronto não seria como os outros; a Senhora da Teia era uma criatura de poder antigo, capaz de controlar mentes e distorcer a realidade ao seu redor. A batalha foi brutal. Guerreiros caíam sob o controle da Senhora, voltando-se contra seus próprios aliados, enquanto feiticeiros lutavam para manter suas mentes livres da influência corruptora.
No clímax do conflito, um grupo de heróis finalmente conseguiu romper as defesas da Senhora da Teia, enfrentando-a diretamente em seu santuário. Combinando forças e utilizando o poder de artefatos mágicos coletados durante sua jornada, eles derrotaram a Senhora da Teia, dissipando a corrupção que ela havia trazido sobre Azjol-Nerub.
Libertação e Legado
Com a queda da Senhora da Teia, as aranhas restantes rapidamente se dispersaram ou foram derrotadas. Os Narubianos, libertos de seu tormento, prometeram lealdade à Aliança, oferecendo sabedoria e conselhos adquiridos ao longo de milênios. Este ato de libertação não passaria sem consequências, no entanto. A guerra havia mudado a Aliança, forjando alianças inesperadas e redefinindo o que significava ser um herói em tempos de escuridão.
A Guerra da Aranha seria lembrada não apenas como um período de grande conflito, mas também como um momento de unidade e compreensão mútua entre raças e povos. A história de Azjol-Nerub e sua libertação entrou para a história, servindo como um lembrete das sombras que sempre espreitam nas profundezas do mundo e do poder da camaradagem diante do desconhecido. A Aliança saiu mais forte, mais coesa, pronta para enfrentar as próximas tempestades que viriam em sua direção, armada com a sabedoria e as lições aprendidas nos túneis escuros sob o reino de Azeroth.