O Início da Ruína de Lordaeron
A história de Lordaeron nos anos que antecederam o flagelo é marcada por momentos de austeridade e decisões cruciais que, à medida que o tempo avançava, delinearam o destino já trágico do reino. Lordaeron, uma das mais robustas nações do norte de Azeroth, havia emergido das cinzas das Guerras Orcs contra os humanos como um bastião de esperança e futura prosperidade. Nos anos que se seguiram, uma aliança forte foi forjada entre os reinos humanos, dotando a região de uma estabilidade única. Todavia, esta aparente tranquilidade estava destinada a ser destruída por eventos sinistros que se desdobrariam visando tomar a própria essência do reino.
O rei Terenas Menethil II, um monarca sábio e respeitado, liderava Lordaeron durante este período. Conhecido por sua predisposição à diplomacia e por sua visão a longo prazo, Terenas foi uma figura instrumental na criação da Aliança de Lordaeron, um consórcio de reinos humanos unificados contra a ameaça comum dos orcs. Apesar do sucesso aparente e da relativa paz que se seguiu, sinais de problemas emergentes começavam a se manifestar nas sombras. Enquanto a Aliança vitoriosa celebrava a derrota dos orcs, algo obscuro nascia nas terras geladas do norte, onde poucos ousavam ir: o Flagelo dos mortos-vivos.
O surgimento do Flagelo, uma praga brutal e corrosiva, foi silencioso no começo. O nefasto Lich Rei, uma figura de poder inimaginável e subjugadora daqueles que resistiam a ele, orquestrava suas maquinações nefastas a partir do distante continente de Nortúndria. Com a capacidade de ressuscitar os mortos, o Lich Rei começou a disseminar uma praga não apenas mortal, mas que reanimava os mortos sob sua macabra vontade. Não obstante, de longe o mais terrível, ele conseguiu realizar isto através do uso de agentes, como o Senhor do Medo Mal’Ganis, que influenciavam pessoas-chave em Lordaeron, preparando a praga para atingir toda Azeroth.
A Ascensão da Praga
Conforme a praga começou a se alastrar pelo reino, ocorrências estranhas mas sinistramente potentes começaram a emergir nos relatos que chegaram à capital de Lordaeron. Vilarejos antes prósperos foram começando a sucumbir a enfermidades que chegavam sem qualquer sinal ou aviso, dizimando populações inteiras em questão de dias. Os mortos não encontravam mais descanso eterno, ao invés disso, levantavam-se novamente sob novo e sombrio comando, seguindo inexplicavelmente uma nova e terrível missão de destruição. Inicialmente, os relatos eram tratados como rumores espalhados para criar pânico, mas logo se tornaram inegáveis à medida que a praga se alastrava por múltiplas regiões.
As suspeitas acerca da praga começaram a incendiar as mentes da população, gerando desconfiança, paranoia e confusão em massa. O senso de segurança foi brutalmente corroído e, consequentemente, a estrutura social de Lordaeron começou a esfacelar-se. Conscientes das devastadoras consequências caso a praga não fosse contida, o rei Terenas convocou uma urgente reunião de emergência com seus conselheiros e outros líderes da Aliança. As perspectivas sombrias apresentadas pelos mensageiros levaram a Aliança a preparar uma resposta militar e mágica a essa nova ameaça. Como era impossível prever o alvo seguinte do Flagelo, decidiu-se que Lordaeron deveria se preparar para uma defesa em larga escala.
Nesse contexto emergente, Arthas Menethil, um jovem príncipe e cavaleiro destemido, se destacou como um dos heróis que, aos olhos do povo de Lordaeron, poderia enfrentar a crescente obscuridade. Corajoso e com sede de justiça, Arthas era um símbolo de esperança para seu reino. Contudo, ele também carregava consigo um fardo pesado: defender seu povo contra um inimigo invisível e sombrio, enquanto lutava contra suas próprias incertezas e dúvidas. E assim, com espadas forjadas e corações acalorados, ele marcharia para o norte, rumo aos horrores que o aguardavam, tentando selar o destino de sua terra natal.
Desespero e Determinação em Tirisfal
Nos arredores tranquilos de Tirisfal, onde a majestosa capital Lordaeron repousava como uma joia, o ar começou a pesar com a névoa escura de incertezas. Fronteiras que antes eram cruzadas por mercadores e viajantes em busca de prosperidade tornaram-se perigosas, com hordas de mortos-vivos espalhando a peste em seu encalço. Entre agitação e rumores, a desesperança crescia entre os habitantes que uma vez viveram em paz e segurança, no que antes era o coração de uma nação que se destacava pela sua resiliência e unidade.
Em meio a esta conflagração emergente, Jaina Proudmoore, uma maga promissora e de brilhante intelecto que estudou em Dalaran, emergiu como uma conselheira e aliada valiosa. Conhecida por sua compreensão da magia arcana e sabedoria além de seus anos, Jaina trabalhou junto ao príncipe Arthas para entender a natureza desta praga que transformava homens em monstros. Suas pesquisas sobre o Flagelo os levaram a descobrir que o coração do problema residia numa conspiração que ameaçava não apenas Lordaeron, mas todo o continente.
E assim, guiados por uma determinação que beirava o fervor, Arthas e Jaina partiram em uma missão desesperada para as terras assoladas pela peste. O peso da responsabilidade sobre seus ombros era esmagador, mas a visão de um futuro onde a escuridão devorava tudo o que conheciam os empurrava firmemente para frente. Eles esperavam encontrar respostas no rastro da ruína, lutando contra a crescente maré de desafios e traições silenciosas que espreitavam em cada esquina.
Entretanto, era apenas uma questão de tempo até que o verdadeiro horror fosse revelado, e o que estava em jogo ia além de simples sobrevivência. Lordaeron estava à beira da destruição, e a missão de Arthas, embora carregada de intenção heroica, ameaçava desencadear consequências ainda mais devastadoras, que selariam de vez o destino do reino. A batalha final contra o Flagelo estava apenas começando, e o desenrolar dos eventos que se seguiriam trariam à luz verdades sombrias, traidores escondidos e sacrifícios além da imaginação.
O Caminho para a Escuridão
Com Arthas liderando uma força de expedição através das regiões infestadas pela praga, cada passo aproximava o príncipe mais do que ele imaginava estar destinado: um confronto direto com as forças das trevas que ameaçavam não só sua terra natal, mas o mundo conhecido. Entretanto, o véu da ilusão que cobria os verdadeiros desígnios do Lich Rei era denso e impenetrável. Cada povoado devastado pela praga era um lembrete cruel da urgência da missão, mas também uma marcha lenta rumo à própria perdição.
Ao chegar na cidade de Andorhal, Arthas e suas tropas se depararam com um cenário de absoluta devastação. O que restava dos cidadãos circulava sem rumo, como horrores remanescentes da vida que um dia tiveram. O vil destino reservado para Andorhal prenunciava a catástrofe que se esparramava por Lordaeron: edifícios outrora vibrantes agora eram domínios de trevas, e nenhuma esperança podia ser vista nas sombras que dominavam as ruas. O coração de Arthas, inflamado por um desejo de vingança, ressoava com uma raiva crescente à medida que a realidade da situação se cravava em sua consciência.
Durante a investigação sobre a fonte da praga em Andorhal, Arthas e Jaina encontraram documentos que indicavam um porto desconhecido chamado Stratholme, como próximo alvo do Flagelo. Decididos a cortar o Flagelo pela raiz, seguiram em uma corrida contra o tempo para impedir que mais inocentes fossem condenados ao tormento eterno. No entanto, o que esperava nas sombras era uma encruzilhada de moralidade e desespero que testaria a alma de Arthas e plantaria sementes de escuridão que floresceriam de uma forma indescritível.