Ano 147.021 – O Despertar das Sombras
Após os eventos cataclísmicos de “O Reino do Caos”, o mundo de Warcraft é lançado em uma nova espiral de conflitos e alianças instáveis. A expansão “O Trono Congelado” mergulha ainda mais fundo nas sombras que se agitam além da vitória aparentemente decisiva sobre a Legião Ardente. A trama se desdobra em várias frentes: a jornada conturbada de Arthas para se consolidar como o Lich Rei, o renascimento tortuoso de Illidan Stormrage em busca de poder, e a introdução da enigmática raça dos Elfos Sangrentos, liderada por Kael’thas Sunstrider.
O Flagelo sem Coroa
Com a derrota da Legião Ardente, Arthas retorna a Lordaeron, mas seu regresso não é o de um herói. Corrido e amaldiçoado pela espada Frostmourne, ele elimina o restante da resistência humana e consolida o Flagelo sobre as terras do leste, declarando-se seu rei. No entanto, a virada do destino vem quando ele começa a sentir uma queda em seus poderes. Uma chamada distante o traz de volta a Northrend, onde ele descobre que o trono do Lich Rei está sob ameaça. A jornada de Arthas para o trono não é apenas física, mas também uma batalha interna, lutando contra as vozes dentro de Frostmourne e as tentativas de dominar completamente o legado do Lich Rei.
O Retorno de Illidan
Paralelamente, Illidan, agora transformado no Caçador de Demônios, é forçado a fugir da perseguição de Tyrande e Malfurion após seus atos questionáveis. Seu destino muda quando recebe uma nova missão de Kil’jaeden, um dos senhores da Legião Ardente. Ele é incumbido de destruir o Trono Congelado, um gesto que não só garantiria a desintegração do Flagelo, mas também ofereceria a Illidan um novo poder para saciar sua sede insaciável. Illidan reúne um novo exército, inclusive fazendo alianças frágeis com os Naga, uma raça antiga de seres anfíbios, e os Elfos Sangrentos, sedentos por magia e liderados por Kael’thas.
Ascensão dos Elfos Sangrentos
A história dos Elfos Sangrentos começa com a queda de seu reino, Quel’Thalas, devastado pelo Flagelo. Com seu Poço do Sol destruído, a fonte de sua magia e essência vital, eles se encontram desesperados e marginalizados pelos que anteriormente chamavam de aliados. Kael’thas Sunstrider, último herdeiro do trono, promete encontrar uma nova fonte de magia para seu povo, levando-os a um caminho perigoso de dependência e alianças obscuras, incluindo com Illidan, que promete um novo começo longe das cinzas de suas terras ancestrais.
“O Trono Congelado” define a cena para uma Azeroth ainda à beira do caos, com heróis e vilões se levantando a partir das sombras do passado para forjar novos destinos. O caminho de Arthas em direção à dominação completa como o Lich Rei, a busca implacável de Illidan por poder e redenção, e a ascensão dos Elfos Sangrentos sob a liderança de Kael’thas encapsulam a essência de um mundo em uma encruzilhada. A expansão não apenas estende a narrativa complexa estabelecida em “O Reino do Caos”, mas também introduz novos personagens, raças e desafios, tecendo um épico tapeçárico que continua a definir o rico universo de Warcraft.
Batalhas pelo Domínio do Norte
À medida que a trama de “O Trono Congelado” se desenrola, cada líder e facção iniciam suas próprias campanhas, não apenas em busca de poder, mas também para a salvaguarda de seus povos e ideais. Illidan e suas forças, agora reforçadas pelos Elfos Sangrentos e Naga, dirigem-se para Northrend em um ato desesperado para cumprir sua promessa a Kil’jaeden de destruir o Trono Congelado. Enquanto isso, Arthas enfrenta desafios tanto externos quanto internos em sua jornada para se fundir com o Lich Rei.
A Jornada Tortuosa de Arthas
Arthas, ao sentir o chamado inegável do Lich Rei, atravessa um continente infestado pela guerra e pela traição. Suas forças, uma vez unificadas sob o estandarte do Flagelo, começam a sofrer as consequências de um poder fraturado, com várias facções buscando usurpar sua autoridade. Além da ameaça óbvia representada por Illidan e sua crescente aliança, Arthas também encontra adversários em Sylvanas Windrunner, a Rainha Banshee, que busca vingança pela sua transformação em morta-viva, e nas forças restantes dos Paladinos, desesperados para pôr fim ao seu reinado de terror.
Illidan, o Desafiante
Do outro lado, Illidan avança por Northrend, enfrentando a feroz resistência dos protetores do Lich Rei, incluindo Anub’arak, o ex-rei traidor do reino subterrâneo de Azjol-Nerub. Essas batalhas fazem mais do que apenas retardar seu avanço; elas revelam a profundidade das forças que o Lich Rei detém e as complexas alianças que mantêm seu domínio sobre Northrend. Apesar de adquirir poderes proibidos e formar alianças precárias, Illidan é movido pela obsessão em cumprir sua promessa, mesmo que isso signifique enfrentar Arthas diretamente numa batalha épica que definiria o destino de ambos.
O ápice da expansão é uma intensa convergência de caminhos, com Arthas conseguindo retornar à Cidadela da Coroa de Gelo para enfrentar uma série de provações criadas pelo Lich Rei para testar sua lealdade e força. Após superar todas as adversidades, incluindo os remorsos manifestados pelas vozes de Frostmourne, Arthas alcança o topo da cidadela. Em um momento de revelação e aceitação, Arthas se funde com o Lich Rei, assumindo o controle total do Flagelo como uma entidade única e soberana. Essa união marca não apenas o culminar de sua jornada tortuosa, mas também o nascimento de uma nova era de escuridão para Azeroth.
Conclusão
“Warcraft III: O Trono Congelado” conclui com o mundo de Azeroth profundamente transformado. A ascensão incontestável de Arthas como o Lich Rei inicia um período de terror, onde o equilíbrio de poder em Northrend é definitivamente alterado. Enquanto isso, Illidan, derrotado mas não destruído, se refugia em Outland, preparando-se para os próximos capítulos de sua eterna batalha contra a demoníaca influência. Os Elfos Sangrentos, tendo arriscado tudo ao seguir Kael’thas na promessa de um novo futuro, enfrentam incertezas sobre seu lugar em um mundo que continua a mudar.
O Trono Congelado não apenas eleva a saga de Warcraft a novas alturas emocionais e narrativas, mas também coloca as bases para conflitos futuros em Azeroth e além. Personagens outrora heroicos enfrentam as consequências de suas escolhas, levando-os a caminhos dramáticos e, muitas vezes, trágicos. A expansão fortalece a mitologia de Warcraft, preparando o terreno para as ricas histórias que seriam exploradas em World of Warcraft e outras mídias. A trama intrincada, repleta de alianças, traições e sacrificios, permanece um testemunho da profundidade narrativa e do poder de atração do universo Warcraft.