Cerco a Orgrimmar Patch Lançado em setembro de 2013 | World of Warcraft Patch 5.4
Orgrimmar, o coração da civilização órquica em Azeroth, ardeu com as chamas após o Cerco a Orgrimmar. Quando o Chefe Guerreiro Garrosh Grito Infernal reviveu o coração do Deus Antigo Y’shaarj para fortalecer seu exército, ele profanou o sagrado Vale das Flores Eternas de Pandária. Esta afronta, assim como as conquistas perigosas de Garrosh, levou rebeldes da Horda e a resoluta Aliança à atacar os portões de Orgrimmar, na esperança de destronar o tirano antes que ele devastasse um mundo inteiro. Ao lado de Thrall, campeões da Aliança e da Horda lutaram até o covil do Chefe Guerreiro sob a cidade, onde a luta intensa levou Garrosh a absorver as energias do Deus Antigo para impedir sua queda. Não foi o suficiente. Sob ordens do Rei Varian Wrynn, o subjugado Garrosh foi levado a julgamento perante os Celestiais Majestosos de Pandária – mas as cicatrizes de seu reinado ainda irão sangrar por algum tempo.
Contexto Histórico:
Durante a expansão Mists of Pandaria, Garrosh Grito Infernal, o então Chefe Guerreiro da Horda, em sua busca incessante por poder para garantir a supremacia da Horda sobre Azeroth, emprega métodos cada vez mais brutais e moralmente questionáveis. Ele descobre a localização da lendária terra de Pandária e, vendo o potencial dos recursos em terras desconhecidas, lança a Horda em uma campanha de exploração e conquista.
A descoberta da “Veia do Mundo” em Pandária, uma fonte rica de energia sha (energia negativa gerada pelos males antigos), marca uma virada sombria nas ações de Garrosh. Ele começa a experimentar com essa energia proibida, corrompendo a terra e seus habitantes, e buscando empregar essa energia em suas próprias tropas, visando criar um exército invencível.
Cerco a Orgrimmar:
O Patch 5.4 começa com a Horda e a Aliança reconhecendo que Garrosh se tornou uma ameaça não apenas para a Aliança mas também para a própria Horda e a estabilidade de Azeroth. Sua tirania e uso da energia sha polarizaram as facções dentro da Horda, com muitos líderes rejeitando sua liderança.
Aliança e uma Horda rebelde, liderada por Vol’jin dos Lançanegra, unem forças em uma cooperação incerta, mas necessária, para derrubar Garrosh. As forças combinadas marcham em direção a Orgrimmar, onde Garrosh se fortificou, preparado para um confronto final.
A raide do Cerco a Orgrimmar possui várias fases e encontros, onde jogadores enfrentam os tenentes de Garrosh e suas criações corrompidas pela energia sha, atravessando as defesas da cidade até chegar ao subterrâneo de Orgrimmar. É lá que Garrosh, empoderado pela Veia do Mundo que ele tinha desenterrado sob a cidade, espera os jogadores para o confronto final.
Após ser derrotado e capturado no Cerco a Orgrimmar, Garrosh é levado para julgamento em Pandária, sob a acusação de crimes de guerra contra Azeroth e seus habitantes.
Local do Julgamento:
O julgamento ocorre na cidade-templo de Templo de Kun-Lai, em Pandária, um local escolhido pela neutralidade e pelo simbolismo de ser uma terra que sofreu diretamente sob as ordens de Garrosh. O Templo reunia representantes de todas as nações e facções de Azeroth, incluindo a Aliança, a Horda Rebelde, e representantes dos Pandarens, que foram especialmente afetados pela campanha de Garrosh em Pandária.
O Processo:
A Câmara dos Aspectos, juntamente com o Eremita Taran Zhu, líder dos Shado-Pan, foi encarregada de supervisionar o julgamento. Taran Zhu atuou como uma espécie de mediador e juiz durante o processo, procurando garantir um julgamento justo, apesar das tensões palpáveis e do sentimento generalizado de vingança contra Garrosh.
O julgamento é destacado de forma extensiva no romance “World of Warcraft: War Crimes” de Christie Golden, que explora os eventos, os testemunhos e as complexidades morais envolvidas. O romance traz à tona não apenas os crimes óbvios de Garrosh, mas também provoca reflexões sobre a responsabilidade coletiva em tempos de guerra, os ciclos de vingança, e as zonas cinzentas morais que muitos personagens enfrentam.
O Veredito e suas Consequências:
Antes que um veredito pudesse ser pronunciado, o julgamento é interrompido por um ataque orquestrado pelos aliados leais a Garrosh, liderados por Kairoz, um dragão da facção dos Bronze, que veem em Garrosh uma peça-chave para seus próprios objetivos. Eles usam um artefato conhecido como o “Orbe do Tempo” para criar uma fenda no espaço-tempo, facilitando a fuga de Garrosh.
Garrosh e Kairoz escapam para um ponto alternativo no tempo, especificamente para Draenor antes de sua destruição (uma linha do tempo alternativa), o que leva diretamente aos eventos da expansão Warlords of Draenor. Aqui, Garrosh tem a oportunidade de começar novamente, desta vez impedindo a corrupção orque pelos demônios da Legião Ardente e formando a Horda de Ferro, uma nova versão da Horda sem a influência demoníaca, com a qual ele planeja conquistar não só Draenor, mas invadir o Azeroth atual.
O julgamento de Garrosh Grito Infernal, portanto, atua como um catalisador para as histórias subsequentes de World of Warcraft, mostrando as complexidades e dispensando um simples binarismo de heróis e vilões, enquanto configura o palco para mais confrontos épicos em Azeroth e além.
Conclusão após Cerco a Orgrimmar:
No confronto conclusivo, Garrosh é derrotado, mas não morto. Sua captura leva a um julgamento que serve como um pivô para a narrativa que se desenrola na próxima expansão, Warlords of Draenor. A derrota de Garrosh não é apenas um momento crucial para a história do World of Warcraft, mas também um ponto de inflexão para a Horda. Vol’jin é nomeado o novo Chefe Guerreiro, marcando o início de uma nova era para a Horda, uma que se afasta do caminho de conquista e dominação escolhido por Garrosh.
O Cerco a Orgrimmar é lembrado como um dos momentos mais impactantes na história do World of Warcraft, mostrando a capacidade da Aliança e da Horda de se unirem frente a uma ameaça comum, mas também destacando as profundas divisões e a política interna complexa dentro de cada facção.