Ascendência de Nefarian
No torvelinho das eras, enquanto o caos da guerra envolvia Azeroth repetidas vezes, emergia, das sombras de seu infame progenitor, Nefarian, o Senhor dos Dragões Negros. A linhagem dos dragões negros foi para sempre manchada pela traição de Neltharion, que se voltou contra seus irmãos Aspectos Dragões durante a Guerra dos Ancestrais, consumido pela corrupção dos Deuses Antigos. Ele assumiu o nome de Deathwing, uma força de terror e destruição. Nefarian, nascido em meio a esta legião amaldiçoada, foi moldado pela escuridão herdada de seu pai, crescendo sob o peso das expectativas de prolongar o legado de devastação de Deathwing.
Esquemas e Ambições
Nefarian não era apenas um dragão dotado de poder imenso; ele possuía uma inteligência sinistra e uma predileção para manipulações tanto políticas quanto mágicas. Descontente com simplesmente reinar sobre os restos do que já foi um poderoso voo de dragões, ele vislumbrou um novo império onde os dragões negros se elevariam para governar Azeroth unicamente, subjugando ou eliminando todos os outros voos de dragões e raças mortais.
Para alcançar tais ambições, Nefarian se estabeleceu na Montanha Rocha Negra, onde começou a congregar forças, atraindo não só servos leais à sua causa, mas também vários seres corrompidos ou iludidos pelas promessas de poder. Nos subterrâneos da montanha, ele iniciou experimentos arcanos macabros, buscando maneiras de fortalecer suas tropas draconídeas e criar híbridos de dragonetes, tanto como uma demonstração de seu domínio da magia quanto como ferramenta para dominar ou aniquilar seus inimigos.
Durante esse período, Nefarian observou o crescimento das forças da luz e da ordem em Azeroth, reconhecendo-as como barreiras significativas aos seus planos. Embora a Cruzada Argêntea e os Aspectos Dragões se concentrassem em curar as feridas deixadas por Deathwing e combater as ameaças ressurgentes dos Deuses Antigos e do Flagelo, Nefarian trabalhava nas sombras, fomentando a discórdia e enfraquecendo as alianças entre as diferentes facções e raças.
Fratura entre Irmãos
Nefarian também enfrentou conflitos internos, em especial com sua irmã, Onyxia, que partilhava de ambições semelhantes de poder e domínio, mas operava de forma mais dissimulada, infiltrando-se nas esferas políticas das raças mortais. Embora compartilhassem de um objetivo comum em elevar o voo negro à supremacia, suas estratégias divergiam, levando a uma rivalidade fraternal marcada por traições e esquemas um contra o outro. Este conflito não só demonstrou as divisões dentro do próprio voo negro, mas também enfraqueceu temporariamente seu impacto coletivo sobre Azeroth.
Preparação para a Guerra
Consciente da inevitabilidade de um confronto direto com as forças da luz e dos voos de dragões, Nefarian intensificou suas pesquisas e experimentos, buscando criar a arma perfeita que garantiria a vitória de seu voo. Ele acumulou conhecimento sobre as fraquezas e forças de seus oponentes, preparando-se para um conflito que estremeceria os alicerces de Azeroth.
A história de Nefarian é, portanto, uma de ambição sombria, inteligência maquiavélica e um desejo implacável de poder e vingança. Ele é um lembrete perpétuo das cicatrizes deixadas por Deathwing e uma representação da eterna luta entre a escuridão que busca dominar Azeroth e as forças que se levantam para defendê-la. Ao estabelecer seu domínio sobre a Montanha Rocha Negra e iniciar uma campanha de terror e subjugação, Nefarian pavimentou o caminho para uma era de conflito que só poderia ser resolvida pela intervenção direta dos maiores heróis de Azeroth.
A Aliança das Trevas
À medida que Nefarian solidificava seu poder dentro da Montanha Rocha Negra, sua influência começou a se estender por todo o continente. Através da força bruta e manipulação astuta, ele forjou uma aliança sombria com os restantes do clã Rocha Negra, orcs corrompidos cuja fúria e sede de batalha eram infames em todo Azeroth. Essa união não era baseada em respeito mútuo, mas em uma compreensão de que seus objetivos alinhados — a conquista e destruição de seus inimigos — poderiam ser melhor alcançados juntos. Os orcs, liderados por líderes de guerra brutais e sedentos por poder, serviram a Nefarian com a promessa de serem recompensados com terras e poder sobre seus inimigos derrotados.
Estratégias e Batalhas
Com o aumento de seu exército, Nefarian começou a buscar uma maneira de erradicar os outros voos de dragões, percebendo-os não apenas como ameaças ao seu reinado, mas também como chave para o domínio absoluto de Azeroth. Seus experimentos, portanto, não se limitaram à criação de draconídeos e outras aberrações, mas também envolveram tentativas de corromper os ovos de outros voos de dragões, uma afronta que não poderia ser ignorada.
Seus esforços para desestabilizar as forças da luz e os voos de dragões não passaram despercebidos, gerando resistência entre os protetores de Azeroth. Os Aspectos Dragões, ainda se recuperando das traições de Deathwing, viram em Nefarian uma lembrança muito próxima das ameaças que pensavam ter superado. Igualmente, ordens como a Cruzada Argêntea e os Guardiões de Tirisfal redobraram seus esforços para combater as maquinações de Nefarian, percebendo que a luta contra ele era também uma batalha pela alma de Azeroth.
O Conflito Escala
À medida que os conflitos entre Nefarian e os defensores de Azeroth se tornavam mais intensos, heróis de todas as partes do mundo começaram a se reunir, entendendo que a ameaça representada pelo voo negro não poderia ser subestimada. Raides foram organizadas para penetrar no coração da Montanha Rocha Negra, enfrentando os perigos que residiam ali por séculos e desafiar o próprio Nefarian em seu território. A batalha não era apenas física, mas também um combate de vontades, com Nefarian utilizando sua astúcia para tentar fraturar a unidade de seus oponentes.
A Queda de um Tirano
A história de Nefarian atinge seu clímax no confronto épico no pico da Montanha Rocha Negra, onde os heróis de Azeroth enfrentaram os exércitos do voo negro e, finalmente, Nefarian ele mesmo. Em um ato de desafio supremo, Nefarian utilizou toda a extensão de seu poder arcano e sua fúria draconiana contra seus oponentes. No entanto, mesmo com sua força formidável e a de suas abominações, a união e coragem dos defensores de Azeroth prevaleceram.
A morte de Nefarian não foi o fim das ameaças que pairam sobre Azeroth, mas representou um momento decisivo na história do mundo. Ele provou que, independente da magnitude do poder enfrentado, a determinação combinada de seus defensores poderia superar o mal. O Covil Asa Negra, uma vez símbolo do terror imposto pelo voo negro, tornou-se um monumento à vitória alcançada através do sacrifício e da bravura.
Legado e Consequências
Com a queda de Nefarian, novos desafios surgiram, incluindo o que fazer com os experimentos e abominações deixadas para trás. O legado de seu reinado persistiria, um lembrete constante da luta entre a escuridão que busca consumir Azeroth e aqueles que se erguem para defendê-la. Hermética sobre as cinzas de Nefarian, a Montanha Rocha Negra continua a ser um local de poder, atração, e, para alguns, sacrifício — um teatro eterno para o drama interminável que é a existência nesse mundo conturbado.
A história de Nefarian é uma de advertência sobre os perigos da corrupção, do poder desenfreado e da ambição desmedida. Mas também é uma história de esperança, demonstrando que até os mais sombrios dos tempos podem ser superados, e que o espírito de Azeroth, encarnado em seus heróis, jamais se rende diante da adversidade.