As Origens de Varimathras
O Ascender dos Nathrezim
Varimathras era um dos muitos Dreadlords, ou Nathrezim, uma raça demoníaca que servia à Legião Ardente com devoção e sagacidade. Os Nathrezim eram conhecidos por suas táticas de manipulação e espionagem, especializados em semear discórdia e traição. Diferente de outras criaturas demoníacas que preferiam confrontos diretos, os Nathrezim destacavam-se pelo uso da astúcia e do subterfúgio. Varimathras, em particular, era um mestre nas artes da manipulação, conhecido por sua mente afiada e habilidade única de explorar as fraquezas de seus oponentes.
O líder dos Nathrezim, Tichondrius, viu em Varimathras um potencial raro e providenciou para que ele fosse treinado nas formas mais insidiosas de engano e traição. Ao longo dos milênios, Varimathras acumulou uma compreensão profunda das intrigas políticas e dinâmicas de poder, tanto no Inferno como nos reinos mortais corrompidos pela Legião. Ele se tornou um dos agentes mais eficazes do caos, sendo enviado por Kil’jaeden para semear discórdia e destruição em numerosos mundos.
A Invasão de Azeroth
Quando a Legião Ardente voltou sua atenção para Azeroth, Varimathras foi designado para desempenhar um papel crucial na invasão. Sua missão era não apenas destruir fisicamente os reinos humanos, mas também minar sua moral e fragmentar suas alianças. Os Nathrezim já tinham fama em Azeroth, sendo conhecidos e temidos por sua habilidade de corromper e desestabilizar.
Durante a Terceira Guerra, Varimathras, junto com seus irmãos Balnazzar e Detheroc, foi enviado para apoiar o Príncipe Arthas e a Ascendente Rainha Banshee, Sylvana Correventos. Inicialmente, sua aliança com Arthas parecia frutífera, mas as ambições e traições entre as forças da escuridão eram inevitáveis. Varimathras viu a oportunidade perfeita para mostrar sua astúcia e expandir sua influência.
A relação de Varimathras com Sylvana Correventos começou como uma aliança de conveniência. Sylvana havia sido transformada em uma banshee por Arthas, sua alma escravizada pela dor e sede de vingança. Quando ela finalmente se libertou do controle de Arthas, Sylvana formou os Renegados, um grupo de mortos-vivos que rejeitava tanto a Horda quanto a Aliança. Varimathras, percebendo o potencial nesta nova facção, se aproximou de Sylvana com uma oferta de cooperação.
A Starven Inimiga, Sylvana reconheceu nos Nathrezim uma ferramenta poderosa. Varimathras se comprometeu a ajudá-la a consolidar o domínio sobre os Sertões Setentrionais em troca de preservação e poder. Ele sabia que a aliança com os Renegados poderia lhe proporcionar uma posição vantajosa, caso ele jogasse suas cartas corretamente. Sylvana, por sua vez, valorizou a perícia política e militar de Varimathras, permitindo-lhe manter uma posição significativa em seu conselho.
A Traição de Balnazzar e o Controle de Lordaeron
Em uma série de eventos que ressaltaram a natureza traiçoeira dos Nathrezim, Varimathras foi forçado a matar seu próprio irmão Balnazzar, por ordem de Sylvana. Balnazzar, que havia tomado o controle do corpo de Saidan Dathrohan, Grão-Cruzado da Cruzada Escarlate, representava uma ameaça tanto para Varimathras quanto para Sylvana. Para demonstrar sua lealdade e garantir seu lugar ao lado da Rainha Banshee, Varimathras assassinou Balnazzar, eliminando uma rivalidade interna e se afirmando como um aliado indispensável para os Renegados.
A traição contra seu próprio sangue foi um golpe significativo para Varimathras, mas também demonstrou sua capacidade de adaptação e sobrevivência. Com Balnazzar fora de cena, Varimathras consolidou ainda mais seu poder dentro das fileiras dos Renegados, desempenhando um papel vital na defesa de Lordaeron contra forças invasoras e na manutenção da ordem dentro dos territórios recém-conquistados.
O Crescente Rancor e a Sede de Poder
Varimathras, apesar de seu papel aparentemente subordinado, nunca deixou de aspirar a um posto de comando. A proximidade com Sylvana lhe deu acesso a segredos e estratégias vitais, mas também alimentou seu desejo de trair e dominar. À medida que os Renegados se consolidavam como um poder significativo, Varimathras começou a tramar nos bastidores, preparando o terreno para uma eventual usurpação.
Ele reuniu aliados entre os Renegados, explorando suas frustrações e ambições. Plantando sementes de desconfiança e alimentando intrigas, Varimathras cultivou um círculo de leais seguidores preparados para agir quando chegasse o momento certo. Cada vitória dos Renegados e cada avanço de Sylvana serviam tanto para fortalecer sua posição quanto para aumentar sua eventual queda.
A Preparação para a Rebelião
A preparação para a rebelião foi meticulosa e paciente. Varimathras compreendeu que uma tentativa precipitada seria desastrosa, resultando em sua rápida destruição. Aproveitou-se das disputas internas e tensões entre os vários líderes dos Renegados, posicionando-se como um mediador e pacificador, mas sempre com um olho voltado para seus próprios objetivos.
Enquanto Sylvana enfrentava ameaças externas e consolidava o domínio dos Renegados sobre os Sertões Setentrionais, Varimathras trabalhava incansavelmente para enfraquecer suas defesas internas. Ele sabia que para derrubar a Rainha Banshee, precisaria não apenas de força militar, mas também de um momento de fraqueza ou distração. E assim, ele esperou, preparou e manipulou, afiado nas sombras, à espera da oportunidade perfeita para reivindicar o domínio que sempre acreditou ser seu por direito.

Enfrentando o Futuro
Varimathras sabia que uma movimentação tão audaciosa não poderia ser simplesmente um ato de força. Ele tinha que garantir o sucesso através de uma combinação de wits, dissimulação e planejamento estratégico. Sua rede de espiões e informantes dentro e fora das fileiras dos Renegados crescia dia a dia, e cada nova vitória dos Renegados em batalha trazia a Varimathras novas oportunidades para semear discórdia.
Enquanto isso, Sylvana continuava a confiar em Varimathras, sem perceber completamente a extensão da teia que ele estava tecendo. Sua ascensão contínua e aparentemente inabalável no comando dos Renegados serviu como um disfarce perfeito para seus verdadeiros intentos. As peças estavam se alinhando, e Varimathras sabia que o dia em que reivindicaria o trono dos Renegados estava cada vez mais próximo.
Em meio a essas maquinações, Varimathras nunca perdeu de vista a missão mais ampla da Legião Ardente. A eventual dominação de Azeroth por forças demoníacas era uma meta constante. Seu jogo de poder dentro dos Renegados era, em última análise, uma peça em um tabuleiro muito maior. O caminho à frente estava cheio de perigos e escolhas complexas, mas Varimathras, com sua mente afiada e sede insaciável de poder, estava mais do que preparado para o que viesse a seguir.
Com as sombras crescendo e os sinais de turbulência interna cada vez mais evidentes, a revoada dos acontecimentos indicava que os Renegados se aproximavam de uma crise. E dentro dessa crise, Varimathras vislumbrava sua oportunidade para transformar suas ambições em realidade.
A Traição e a Queda
O Prenúncio da Traição
À medida que os Renegados consolidavam seu domínio sobre os Sertões Setentrionais, a tensão dentro de suas fileiras aumentava. Varimathras, com sua habilidade insidiosa de manipulação, já havia plantado as sementes da desconfiança e da dissensão. As circunstâncias estavam se alinhando, e ele via a oportunidade perfeita para agir.
Dentro do subterfúgio, Varimathras manteve uma fachada de lealdade irrestrita a Sylvana Correventos, enquanto secretamente cortejava aliados para seu próprio golpe. Entre seus cúmplices estavam alguns dos líderes menos conhecidos dos Renegados e outros demonologistas menos fiéis à causa de Sylvana. Varimathras prometeu a esses seguidores um futuro de poder e domínio sob sua liderança, caso conseguissem destronar a Rainha Banshee.
A Conspiração Desenrolada
O plano de Varimathras entrou em movimento quando uma série de ataques surpresa atingiu as posições estratégicas dos Renegados. Essas incursões, alegadamente comandadas por forças externas, eram, na verdade, orquestradas pelo próprio Varimathras. O caos resultante servia a dois propósitos: distraía Sylvana e seus conselheiros e enfraquecia as defesas internas dos Renegados.
Durante uma dessas crises artificiais, Varimathras reuniu seus cúmplices e iniciou a revolta. O palácio de Sylvana, Blackrock Spire, tornara-se o principal campo de batalha. Os combatentes leais a Sylvana, apanhados de surpresa, lutaram com valentia, mas o elemento de surpresa e a traição interna ofereceram uma vantagem crucial a Varimathras.
Sylvana, percebendo a natureza da ameaça, tentou controlar a situação pessoalmente. Sua liderança e magia poderosa eram formidáveis, e ela rapidamente se engajou em batalha contra os traidores. No entanto, Varimathras, prevendo seu confronto inevitável com a Rainha Banshee, havia preparado armadilhas mágicas e alianças demoníacas para garantir sua vitória.
A batalha culminante entre Varimathras e Sylvana foi um choque épico de forças e estratégias. Ambos os combatentes eram mestres em suas respectivas artes: Varimathras com suas manipulações demoníacas e Sylvana com seus poderes de banshee e liderança militar.
O salão do trono de Blackrock Spire transformou-se em um campo de batalha devastador enquanto magia sombria e feitiços banshee colidiam. Enquanto Sylvana lutava com uma intensidade feroz, varrendo a sala com flechas encantadas e gritos em alta frequência, Varimathras respondia com explosões demoníacas e ilusões que distorciam a percepção.
Durante o clímax do combate, quando Sylvana parecia estar ganhando vantagem, Varimathras revelou seu movimento final: uma aliança previamente escondida com demônios superiores que romperam para apoiar sua causa. Estes servos demoníacos, atraídos pelo poder que Varimathras prometera, atacaram Sylvana com uma força brutal, forçando-a a recuar.
Percebendo a situação desesperadora, Sylvana utilizou suas habilidades finalizadas de banshee para escapar, deixando temporariamente Blackrock Spire nas mãos de Varimathras. A vitória parecia estar ao alcance de Varimathras, mas sua traição tinha um custo.

A Fuga de Sylvana e a Reorganização dos Renegados
Embora Varimathras tivesse conseguido uma vitória tática, a fuga de Sylvana foi uma falha crítica em sua estratégia. Fora do alcance imediato de seus inimigos, Sylvana rapidamente começou a reunir seus aliados leais e formular um contra-ataque. Ela compreendeu que para retomar seu domínio, precisaria de uma combinação de força e astúcia.
Varimathras, agora em controle de Blackrock Spire, subestimou a capacidade de Sylvana de se reorganizar tão rapidamente. Ele concentrou seus esforços em consolidar seu regime, quebrando resistências internas e reafirmando sua autoridade entre os Renegados. Contudo, Sylvana, conhecida por sua resiliência e inteligência, aproximava-se de um contra-ataque cuidadosamente planejado.
O Contra-ataque de Sylvana
Sylvana, utilizando seus conhecimentos táticos e a lealdade dos Renegados resistentes, arquitetou um contra-ataque ambicioso e multifacetado. Sabendo que uma confrontação direta seria arriscada, ela optou por uma série de incursões para desestabilizar as forças de Varimathras. Seus ataques eram rápidos e cirúrgicos, visando as alianças e os recursos que Varimathras havia acumulado.
Varimathras, embora surpreendido pela ferocidade e precisão das incursões de Sylvana, tentou responder de maneira igualmente agressiva. No entanto, sua nova posição de liderança veio com vulnerabilidades inesperadas: rivalidades entre seus próprios seguidores e a necessidade constante de provar seu valor como líder.
Quando as forças de Varimathras foram gradualmente enfraquecidas pelos ataques incessantes de Sylvana, o palco foi preparado para um confronto final. Sylvana e seus leais Renegados, fortalecidos pelo desejo de vingança e justiça, marcharam para retomar Blackrock Spire.
A Destruição de Varimathras
O confronto final foi um evento cataclísmico, uma batalha de proporções épicas que eclodiu nos salões e corredores de Blackrock Spire. Varimathras, desesperado para manter seu domínio, lançou toda a sua força e poder contra Sylvana e seus aliados. No entanto, suas alianças demoníacas começaram a vacilar diante da resiliência implacável dos Renegados leais a Sylvana.
No momento decisivo, Sylvana conseguiu quebrar as defesas de Varimathras e confrontá-lo uma última vez no salão do trono. Apesar da armadilha preparada por Varimathras, Sylvana usou seu conhecimento das fraquezas do Nathrezim para virar o jogo a seu favor.
Em um confronto final carregado de energia sombria e magia de banshee, Sylvana prevaleceu. Varimathras, derrotado, foi forçado a reconhecer sua derrota. Mostrando uma rara compaixão em meio à sua fúria, Sylvana ofereceu a ele uma escolha: jurar lealdade definitiva a ela ou enfrentar uma morte dolorosa e definitiva.
Varimathras, percebendo que sua ambição o levou à beira do abismo, optou pela lealdade forçada. No entanto, a traição de Varimathras não ficaria impune, e Sylvana assegurou que ele enfrentaria consequências severas pela deslealdade.
O Cativeiro
Como punição por sua traição, Varimathras foi mantido sob vigilância constante, preso em um estado entre a vida e a dor contínua. Sylvana, embora vitoriosa, sentia a necessidade de manter Varimathras ao alcance, como um lembrete e talvez como uma arma futura contra qualquer ameaça que pudesse surgir.
A queda de Varimathras foi uma lição para todos os que juraram lealdade a Sylvana e um marco na história dos Renegados. Sua traição e conseqüente derrota reforçaram a autoridade de Sylvana e solidificaram a estrutura da liderança entre os Renegados. Varimathras, agora reduzido a um servo humilhado, continuaria sendo um símbolo da trava contínua entre poder e justiça no mundo complexo de Azeroth.