O Início em Draenor
Quarenta e quatro anos antes da Primeira Guerra entre orcs e humanos, o mundo de Draenor era, para muitos de seus habitantes, um lugar selvagem e belo, repleto de vida e diversidade. Lar de várias raças, incluindo os orcs e os draenei, Draenor continha vastas florestas, planícies ensolaradas e montanhas imponentes. Porém, sob essa superfície de tranquilidade, encontravam-se forças e tensões prestes a explodir, a ascensão da horda estava prestes a mudar Draenor para sempre.
Os orcs, organizados em clãs e tribos, eram guerreiros natos e nomádicos, vivendo em harmonia com a terra. Cada clã tinha suas próprias tradições e líderes, mas, ao mesmo tempo, todos compartilhavam de uma fé comum nos xamãs, guias espirituais que mantinham os orcs em equilíbrio com os elementos e com a natureza. Entre os mais respeitados clãs estavam os Lobo do Gelo, Martelo do Crepúsculo e o Olho Sangrento.
Os draenei, por outro lado, eram uma raça de refugiados interdimensionais, liderados pelo sábio profeta Velen. Eles tinham fugido de sua terra natal, Argus, para escapar da perseguição da Legião Ardente, uma aliança de demônios e entidades sombrias lideradas por Sargeras. Em Draenor, encontraram um refúgio temporário, vivendo em harmonia com os orcs e outras criaturas nativas.
O Emergir da Escuridão
O evento que mudaria Draenor para sempre começou com a chegada de um emissário da Legião Ardente: Kil’jaeden, o Enganador. Kil’jaeden, um lorde demoníaco, buscava novos servos para continuar a insana cruzada de Sargeras de destruir ou subjugar todos os mundos. Ele sabia que para conquistar Draenor e preparar o terreno para futuros ataques a outros mundos, precisaria de um intermediário para corromper os orcs e transformá-los em armas da Legião.
Para isso, Kil’jaeden escolheu Gul’dan, um orc de poderosas habilidades xamânicas, mas com uma ambição insaciável e coração facilmente corrompível. Em sonhos e visões, Kil’jaeden prometeu a Gul’dan poderes inimagináveis em troca de sua lealdade e colaboração. Seduzido pela promessa de poder, Gul’dan aceitou a oferta e começou a trilhar o caminho da escuridão.
Kil’jaeden ensinou Gul’dan a usar uma nova forma de magia negra, chamada feitiçaria. Com ela, Gul’dan foi capaz de criar um novo tipo de poder devastador, que substituiu os antigos laços dos orcs com os elementos e os conectou às fontes de magia sombria. Essa corrupção marcou o início do declínio dos orcs como xamãs e sua ascensão como bruxos e guerreiros sanguinários.
A Subversão dos Clãs
Guiado por Kil’jaeden, Gul’dan começou a espalhar a corrupção entre os clãs orcs, invisivelmente instigando medo e desconfiança dos draenei. Ele sabia que para transformar os orcs em peões da Legião, precisava cortar suas raízes espirituais e destruir a harmonia que existia entre eles e os draenei. Primeiro, ele formou o Conselho das Sombras, um grupo secreto de bruxos e seguidores leais que compartilhavam sua consequência.
Gul’dan então apelou aos líderes dos clãs orcs, usando a manipulação e a enganação para plantar sementes de paranoia e medo. Narrativas de que os draenei estavam tramando a destruição dos orcs e usurpando seus territórios começaram a se propagar. A tensão, que era uma corrente subjacente, tornou-se uma força dominante. Os xamãs mais influentes foram eliminados ou corrompidos, perdendo suas conexões com os elementos.
Entre os mais trágicos episódios deste período foi a conversão do clã Lobo do Gelo, liderado por Durotan. Gul’dan tentou seduzi-lo com promessas de poder, mas Durotan, sendo um líder sábio e resiliente, resistiu. Ele tinha preocupações profundas sobre as verdadeiras intenções de Gul’dan e sobre a mudança na natureza dos orcs que ele via ao seu redor. No entanto, a influência de Gul’dan era forte, e os Lobo do Gelo tornaram-se uma resistência isolada num mar crescente de barbarismo e sede de poder.
Com a corrupção disseminada entre os clãs, Gul’dan capitalizou esses sentimentos e propôs a criação de uma força unificada que pudesse finalmente enfrentar e erradicar a “ameaça” draenei. Assim, a Horda foi formada, um conglomerado de clãs orcs que agora servia como um exército coordenado, ávido por sangue e dominado pela magia negra.
Gul’dan escolheu para si mesmo o título de Senhor das Sombras e designou chefes de guerra para liderar a Horda em batalha. Um desses líderes era Orgrim Martelo da Perdição, um guerreiro formidável e amigo de infância de Durotan, que tinha suas próprias dúvidas sobre o crescente domínio das trevas, mas também sentia a necessidade de proteger seus companheiros de clã.
Outros líderes notáveis incluíam Blackhand, que foi nomeado o primeiro chefe guerreiro da Horda. Blackhand era conhecido por sua brutalidade, sendo exatamente o tipo de líder que Gul’dan precisava para instilar disciplina e medo entre as fileiras crescentes. Os orcs tomaram parte de um pacto de sangue, amarrando seu destino ao de Gul’dan e da Legião Ardente, muitas vezes sem perceber as verdadeiras ramificações.
O Cenário de Sangue e Fogo
A união dos clãs orcs marcou o início de uma nova era de guerra e brutalidade em Draenor. A Horda começou suas incursões violentas contra os draenei, que foram pegos de surpresa pela fúria e a coordenação de seus anteriormente pacíficos vizinhos. Cidades draeneis foram incendiadas, santuários destruídos, e populações massacradas, tudo em nome de uma guerra que fora concebida em mentiras e corrupção.
O profeta Velen, líder dos draenei, tentou buscar uma solução pacífica, mas logo percebeu que a Horda estava além da razão e da diplomacia. Ele convocou um esforço desesperado para proteger seu povo, liderando caravanas para regiões mais seguras e escondendo artefatos poderosos que poderiam cair nas mãos dos bruxos orcs.
Entretanto, mesmo durante o auge da devastação, havia sinais de dissensão e resistência. Durotan e seu clã Lobo do Gelo, ainda não totalmente corrompidos, começaram a formar alianças secretas com outros pequenos grupos de resistência, tentando encontrar uma forma de combater a maré de destruição que se alastrava por Draenor. Entre esses aliados secretos estava o antigo amigo de Durotan, Orgrim, que ainda lutava com sua própria consciência enquanto cumpria seu papel na Horda.
O Destino de Draenor
A destruição causada pela Horda foi além do imaginável, não apenas dizimando os draenei, mas também corroendo a própria terra de Draenor. A magia negra invocada pelos bruxos e pelos feitiços de Gul’dan deixou cicatrizes profundas na terra, desencadeando eventos cataclísmicos que começaram a romper o equilíbrio natural do mundo. As florestas secaram e transformaram-se em desertos, os rios secaram e grandes fissuras começaram a surgir no solo.
A Horda, embriagada pela sede de sangue e fortalecida pela magia negra, ignorava os sinais de destruição, focada apenas em seu objetivo míope de conquista e poder. Entretanto, alguns orcs começaram a perceber o verdadeiro preço de sua suposta vitória. Os avisos de Durotan e outros líderes resistentes caíram em ouvidos surdos, cobertos pelo barulho da guerra e os gritos de vitória.
A Carga da Verdade
Enquanto as forças da Horda continuavam seu avanço, Gul’dan percebeu que a estabilidade e a sobrevivência a longo prazo de Draenor estavam comprometidas. Incapaz de controlar a destruição que havia desencadeado, voltou sua atenção para um novo alvo: Azeroth. Sabia que o mundo dos humanos e outras raças estava repleto de novos recursos e territórios para a Horda conquistar e para ele explorar.
Gul’dan começou a estudar maneiras de abrir portais entre Draenor e Azeroth, com apoio de Kil’jaeden e outros agentes da Legião Ardente preparando-se para a invasão. Sem o conhecimento da maioria dos orcs, o destino de Draenor e suas gentes estava prestes a se entrelaçar irrevogavelmente com o destino de outros mundos.
O Ritmo da Guerra
Enquanto o destino de Draenor estava sendo decidido nos bastidores, as batalhas eclodiam em todo o seu território. O clã Lobo do Gelo, liderado por Durotan, continuava a resistir, movendo-se pelas montanhas geladas e cavernas escondidas. Orgrim, temendo pela alma de seu amigo e pela sobrevivência de sua própria tribo, lutava duplamente, tanto no campo de batalha quanto em sua consciência interna.
A guerra que começou como uma série de escaramuças e invasões logo se transformou em um cataclismo completo, com as terras de Draenor começando a ruir sob o peso da magia negra invocada pelos orcs. Cada batalha, cada confronto, desenhava as linhas de um conflito maior que estava por vir.
A Jornada Continua
Assim termina a primeira parte da épica história da ascensão da Horda. Um conto de corrupção, ambição e resistência nas terras selvagens de Draenor, onde o destino foi forjado nas sombras e nos campos de batalha. A história apenas começou a desenhar os contornos do que estava por vir, com a guerra e a destruição moldando um novo capítulo que traria novas esperanças, traições e confrontos.
A Invasão dos Draenei
Com a Horda unificada sob a liderança de Blackhand e a orientação pérfida de Gul’dan, a campanha contra os draenei prosseguiu com uma brutalidade implacável. Cidades draeneis, uma vez prósperas, foram reduzidas a ruínas fumegantes, e os sobreviventes eram poucos. O profeta Velen liderou os draenei remanescentes em uma resistência desesperada, mas a força e a coordenação da Horda eram quase insuperáveis.
Gul’dan e seu Conselho das Sombras intensificaram o uso de magia vil para garantir a vitória. Poções e feitiços inundavam os campos de batalha, transformando guerreiros comuns em bestas sedentas por sangue. A corrupção se alastrava por Draenor, afetando não apenas aqueles que participavam ativamente nas batalhas, mas também os xamãs e outros seres que sentiam a conexão espiritual com a terra sendo maculada.
Enquanto isso, os draenei procuravam esconderijos em cavernas e florestas densas, tentando fugir do avanço implacável da Horda. As tentativas de comunicação e pacificação por parte de Velen eram constantemente frustradas pelos ataques orquestrados de Gul’dan. A situação parecia desesperadora, enquanto a Horda impunha seu domínio cada vez mais sobre Draenor.
A Resistência Encarnada
Dentro do turbilhão de destruição, alguns clãs orcs começaram a perceber o preço de sua vitória iminente. Durotan, líder do clã Lobo do Gelo, tornou-se uma voz de dissensão contra os métodos de Gul’dan. Embora respeitado por sua coragem, Durotan era visto com desconfiança crescente por outros clãs que já haviam abraçado totalmente o caminho da feitiçaria e da brutalidade.
Orgrim Martelo da Perdição, amigo de infância de Durotan e líder militar importante dentro da Horda, também começou a repensar sua posição. Assombrado pelos horrores crescentes e pela sorte de seu amigo, Orgrim secretamente buscou um equilíbrio, tentando mitigar a violência desmedida enquanto mantinha seu papel de líder.
A liderança de Durotan e Orgrim catalisou um movimento discreto de resistência dentro da própria Horda. Xamãs e guerreiros que ainda mantinham laços com os elementos e o espírito das tradições antigas começaram a questionar abertamente as decisões dos líderes corrompidos. Estes grupos formaram células de resistência, escondidos entre os campos de batalha, prontos para agir no momento certo.
A Ameaça de Kil’jaeden
Conforme Draenor continuava a ser moldada pela guerra, Kil’jaeden, o Enganador, observava de perto os eventos desenrolando-se. Satisfeito com a corrupção dos orcs e a destruição dos draenei, o demoníaco senhor da Legião Ardente tinha planos maiores – transformar a Horda em uma força de invasão interdimensional que pudesse ser utilizada contra outros mundos, incluindo Azeroth.
Com o apoio de Kil’jaeden, Gul’dan iniciou a construção do Portal Negro, um portal que permitiria a viagem entre Draenor e outros mundos. O portal seria a chave para a expansão da Horda e a continuação das campanhas de destruição e conquista planejadas pela Legião. Gul’dan, ambicioso e sedento por poder, viu no Portal Negro uma oportunidade de se elevar ainda mais no favor de seus mestres demoníacos.
O Levante dos Lobo do Gelo
Entretanto, Durotan e seu clã Lobo do Gelo não cederam ao domínio vil. Durotan, percebendo o que estava em jogo, começou a formar alianças secretas com outros clãs dissidentes. Esses grupos sabiam que enfrentar diretamente a Horda unida seria suicídio, mas apoiariam ações de guerrilha e sabotagem para minar os esforços de Gul’dan e seus seguidores.
Orgrim Martelo da Perdição, apesar de seu papel proeminente na hierarquia da Horda, manteve contato secreto com Durotan e forneceu informações vitais que ajudavam a resistência. Planejavam não apenas combater a corrupção interna, mas também encontrar uma maneira de destruir o Portal Negro antes que fosse tarde demais.
A Missão de Sabotagem
Durotan, consciente do poder malévolo que o Portal Negro representava, planejou uma missão de sabotagem com seus mais confiáveis guerreiros e amigos, incluindo Orgrim. Eles se infiltrariam no local da construção do portal e tentariam destruir os componentes mágicos essenciais para sua ativação.
O plano envolvia um complexo jogo de inteligência e manipulação. Eles conseguiram que um grupo de seus aliados mais silenciosos e habilidosos trabalhasse como construtores do Portal Negro, enquanto outro grupo proporcionaria uma distração violenta para desviar a atenção das forças leais a Gul’dan.
Como esperado, quando o momento crucial da sabotagem chegou, um intenso combate eclodiu. Desafiando os bruxos e guardiões, Durotan e Orgrim chegaram perto de destruir os cristais arcanos que alimentavam o Portal Negro. No entanto, conforme a batalha continuava, as forças da Horda começaram a sobrepujar os infiltrados. Durotan foi mortalmente ferido, mas com um último esforço conseguiu desencadear uma onda de energia disruptiva que desativou temporariamente os cristais, retardando a abertura do portal.
As Consequências da Traição
A tentativa de sabotagem, embora heroica, não pôde impedir a ativação final do Portal Negro. No entanto, conseguiu comprar tempo crucial para os reinos de Azeroth, que começaram a sentir os distúrbios arcanos e se prepararam para a invasão iminente.
Durotan, ferido gravemente, foi levado de volta para seu clã pelos remanescentes de sua força infiltrada. Embora soubesse que seus dias estavam contados, ele usou suas últimas forças para encorajar Orgrim a continuar lutando, a encontrar uma maneira de libertar os orcs das garras da corrupção e a proteger suas tradições ancestrais.
Antes de morrer, Durotan confidenciou a Orgrim informações valiosas sobre Gul’dan e a verdadeira natureza dos bruxos da Horda, esperando que essas verdades pudessem ser usadas para combater a tirania e a manipulação interna.
O Caminho de Orgrim
A morte de Durotan acendeu em Orgrim uma fúria contida e uma determinação renovada. Ele jurou honrar a memória de seu amigo e trabalhar tanto dentro quanto fora da Horda para destruir Gul’dan e seus asseclas. Orgrim continuou a liderar a resistência, tornando-se uma figura lendária tanto para os dissidentes quanto para aqueles que ainda acreditavam na pureza dos orcs.
Enquanto Gul’dan revisava seus planos e procurava novas maneiras de garantir a lealdade da Horda, Orgrim preparava mais ações de sabotagem e fortalecimento da resistência interna. Ele sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando e que o destino de Draenor e Azeroth dependia de suas ações futuras.
O Sino da Primeira Guerra
Com a ativação final do Portal Negro, as primeiras tropas da Horda atravessaram para Azeroth, marcando o início da Primeira Guerra. Os orcs, consumidos pelo sangue e pelo poder, lançaram-se sobre os reinos humanos, concretizando as visões sombrias que Medivh e outros profetizaram. A época de paz estava finalmente terminada, substituída por um tempo de conflito e caos de proporções inimagináveis.
Enquanto as batalhas começavam a rugir pelos campos de Azeroth, as sementes de heroísmo, traição e sacrifício plantadas durante a ascensão da Horda floresciam. Orgrim Martelo da Perdição continuava a lutar em ambos os mundos, um guerreiro dividido pelo dever e pelo desejo de redenção.
Epílogo e Reflexões
A ascensão da Horda e a corrupção que tomou conta de Draenor foram eventos que moldaram não apenas o destino de ambos os mundos, mas também as histórias e legados dos heróis que se ergueram contra as trevas. Durotan e Orgrim, em lados opostos da luta, mas unidos por propósito e amizade, tornaram-se figuras centrais de lendas que inspirariam gerações futuras.
E assim se conclui a segunda parte da História da Ascensão da Horda. O portal para Azeroth está aberto, e o impacto desse confronto alterará os reinos para sempre, virando páginas de lendas e criando epopéias de coragem, desafio, e esperança contra as forças sombrias que sempre espreitam nas profundezas dos corações dos mortais.
A Invasão de Azeroth
Com a ativação final do Portal Negro, as legiões da Horda começaram a sua invasão brutal de Azeroth. As primeiras ondas de orcs lançaram-se sobre as terras humanas, atacando vilarejos, saqueando cidades e espalhando o caos por onde passavam. O céu parecia escurecer à medida que as forças da Horda avançavam, e para os habitantes de Azeroth, um novo e aterrorizante capítulo estava apenas começando.
Em Stormwind, Llane Wrynn e Anduin Lothar mobilizaram suas forças, tentando coordenar uma defesa eficaz contra a investida dos orcs. O choque inicial dos ataques pegou muitos desprevenidos, e as histórias dos brutais guerreiros enormes e suas táticas de terror se espalharam rapidamente. As muralhas de Stormwind tornaram-se um baluarte crucial, com os defensores fazendo todo o possível para impedir que a maré de destruição se derrubasse.
O Heroísmo de Anduin Lothar
Anduin Lothar, como um dos principais líderes militares de Stormwind, emergiu como um símbolo de resistência e coragem. Ele liderava seus homens no campo de batalha com determinação feroz, inspirando uma unidade de propósito em face do inimigo implacável. Lothar sabia que para derrotar a Horda, era necessário mais do que força bruta; precisava de estratégia, inteligência e coração.
Durante esses primeiros dias de invasão, Lothar conduziu várias escaramuças e emboscadas contra as forças orc, buscando retardar seu avanço e ganhar tempo para as defesas de Stormwind se reforçarem. Ele incentivou a formação de alianças com outras nações e facções dentro de Azeroth, reconhecendo que a ameaça da Horda não podia ser enfrentada por uma única nação.
A Queda de Stormwind
Infelizmente, apesar dos esforços valentes, a superioridade numérica e a implacável violência da Horda finalmente levaram à queda de Stormwind. Blackhand, o Destruidor, liderou o ataque esmagador que derrubou as muralhas e forçou os sobreviventes a fugir. Enquanto a cidade ardia, Llane Wrynn foi traído e assassinado, tornando-se um mártir para os povos de Azeroth.
Lothar, agora um dos poucos líderes restantes, conduziu um êxodo desesperado dos sobreviventes de Stormwind para o norte, em direção a Lordaeron. Durante essa travessia, ele continuou a combater grupos de orcs que perseguiam os refugiados, sempre buscando manter a esperança viva em meio ao desespero.
A Resistência em Lordaeron
Ao chegarem a Lordaeron, Lothar e os refugiados de Stormwind foram recebidos pelo rei Terenas Menethil II. Em uma tentativa de unir as nações de Azeroth contra a crescente ameaça da Horda, Lothar e Terenas convocaram líderes de várias facções para formar uma aliança. A Aliança dos Reinos Humanos nasceu, um pacto de proteção mútua e cooperação militar.
Os líderes da Aliança reconheceram a necessidade de estratégias conjuntas e coordenação de recursos para enfrentar a Horda. Lothar, exercendo seu papel como Comandante Supremo, começou a organizar a defesa em uma escala muito maior, mobilizando tropas e planejando contra-ataques. Ele também trabalhou lado a lado com Elfos e Anões, convencendo-os a unir forças contra um inimigo comum.
A Ascensão de Orgrim Martelo da Perdição
Enquanto a Aliança se fortalecia, a Horda também enfrentava mudanças internas. Orgrim Martelo da Perdição, agora opondo-se diretamente ao domínio de Gul’dan, começou a questionar as motivações sombrias e a corrupção que afligiam a Horda. Ele sabia que a verdadeira vitória só poderia ser alcançada com honra, e não através de traições e feitiçaria vil.
Orgrim desafiou Blackhand em um combate pelo controle da Horda. Esse confronto épico ocorreu em meio aos campos de guerra, com orcs de ambos os lados observando. Com sua força formidável e habilidades de luta, Orgrim derrotou Blackhand, ganhando o título de Chefe Guerreiro. A vitória de Orgrim marcou um novo início para a Horda, com a promessa de combater não apenas os exércitos humanos, mas também a corrupção interna.
Conflitos Internos
A ascensão de Orgrim Martelo da Perdição trouxe esperança para aqueles dentro da Horda que desejavam um futuro diferente. Muitos orcs começaram a ver Orgrim como uma chance de recuperação honrosa e um combate contra o domínio sombrio de Gul’dan. No entanto, Gul’dan e seu Conselho das Sombras ainda exerciam uma influência significativa, fomentando divisões e traições dentro das fileiras da Horda.
Enquanto a guerra com a Aliança prosseguia, Orgrim mantinha um olho vigilante no Conselho das Sombras, sabendo que precisava eliminar a ameaça interna para manter o controle. Gul’dan, percebendo o perigo crescente, buscava preservar seu poder enquanto continuava seus experimentos e aliados ocultos.
A Batalha pelo Soul of Draenor
Além dos conflitos em Azeroth, a terra de Draenor continuava a ruir sob a mácula da magia vil e as contínuas batalhas entre os clãs orcs restantes. Orgrim compreendeu que a salvação de seu povo estava atrelada à sua capacidade de conquistar e estabilizar um novo lar. Mas enquanto lutava contra a corrupção em Azeroth, sabia que Draenor estava além da redenção imediata.
Orgrim lançou uma série de missões para Draenor, buscando antigos poderosos artefatos e o conhecimento xamânico perdido, para tentar restaurar algum equilíbrio em seu mundo conturbado. Essas incursões, frequentemente confrontadas por seguidores leais de Gul’dan, tornaram-se comentadas lendas entre os orcs, faladas em sussurros ao redor das fogueiras.
A Batalha no Vale das Lágrimas
O conflito entre a Aliança e a Horda culminou em numerosas batalhas, cada uma mais feroz que a anterior. Uma das batalhas mais significativas ocorreu no Vale das Lágrimas, um campo cercado por montanhas ameaçadoras e rios de sangue. Orgrim liderou suas forças com astúcia, enquanto Lothar, à frente da Aliança, enfrentava a fúria dos orcs.
Nesse confronto, ambos os lados mostraram bravura incomparável. No entanto, a batalha também revelou a profundidade do ódio e da determinação de cada lado. Lothar e Orgrim cruzaram espadas em um duelo épico, um símbolo do conflito entre dois mundos.
A Redenção e o Sacrifício
Durante a batalha, Lothar e Orgrim se viram envolvidos em um duelo destinado a decidir o destino das forças. Lothar morreu heroicamente, marcando sua honra e coragem, e inspirando os exércitos da Aliança a pressionar ainda mais. Apesar de sua perda, a Aliança foi galvanizada por sua posição firme.
Orgrim, por sua vez, carregava o fardo de sua morte e a determinação de cumprir sua visão de uma Horda redimida. Ele conseguiu finalmente confrontar Gul’dan, traindo o bruxo que tantas vezes usou seus próprios guerreiros como peões. A traição de Gul’dan em busca de poder pessoal o isolou, e na última missão para adquirir poder demoníaco, ele foi traído e morto por seus próprios seguidores, que se cansaram de sua tirania sedenta de sangue.
Estabilizando a Trégua
Outros líderes surgiram no decorrer do conflito, tanto na Aliança quanto na Horda. A guerra devastou muitas terras, mas também plantou as sementes de conhecimento sobre cooperação e necessidade de reconciliação.
Com a queda de Gul’dan, Orgrim Martelo da Perdição começou a procurar maneiras de estabilizar a Horda, buscando formas de reintegrar velhos valores e honras tradicionais. Enquanto isso, a Aliança, agora sem Lothar, continuou a lutar pela proteção de Azeroth e pelo destino de sua nação, tentando recuperar o alicerce perdido e criar um apoio conjunto para o futuro.
O Legado da Guerra
A ascensão e as batalhas da Horda, as perdas devastadoras e os atos de heroísmo definiram uma nova era para Azeroth. Guerreiros e líderes, vivos e mortos, transformaram-se em figuras lendárias, cujos feitos moldaram a história e as culturas de seu tempo.
Os sacrifícios de Lothar, Orgrim, Durotan e muitos outros reverberaram através da história, criando novas histórias de coragem e desafio diante da adversidade. A batalha pela alma de Draenor e o confronto em Azeroth impactaram todos, traçando mensagens de união, coragem e as cicatrizes do conflito eterno entre luz e escuridão.
Reflexões Finais
Com a Horda estabilizando-se sob a liderança reformada de Orgrim e a Aliança unindo as forças, as sementes de uma paz tênue e vigilante foram plantadas. A guerra havia terminado, mas o trabalho de reconstruir e de reconciliar estava apenas começando. As lições aprendidas e os legados deixados por aqueles que lutaram tornaram-se parte integrante do mundo de Azeroth, agora mais sábio e ciente das eternas batalhas que vigaiam nas sombras.
A história da Ascensão da Horda serve como um murmúrio através dos tempos, um lembrete eterno de que o preço do poder é sempre alto, e que a bravura e o sacrifício de muitos pavimentam o caminho para um futuro mais esperançoso.
E assim termina a última parte da saga, onde as lendas se tornaram história e os heróis se tornaram lembranças, continuamente inspirando e moldando o curso de Azeroth.