Construída com o único propósito de sobrevivência, a cidade começou a prosperar desde a sua fundação na Terceira Guerra, sendo a maior da Aliança ao sul de Kalimdor. Originalmente era um forte militar, mas a cidade se desenvolveu como um porto de troca. Sua bandeira é baseada no símbolo de Kul Tiras, por ser terra natal de Jaina, acompanhada pelo símbolo da Aliança de Lordaeron no canto superior da bandeira, simbolizando os habitantes de Theramore que vieram de Lordaeron, que segundo o source book de RPG de Warcrat, Lands of Mystery, são pelo menos 9,500 pessoas, contando com elfos, anões, gnomos… Mas lembre-se que isto é apenas uma referência. O livros de RPG não são considerados parte da história oficial.
O local não era um dos melhores, o pântano era deveras seguro e de difícil acesso tanto por água quanto por terra, mas por justamente este motivo que Theramore conseguiu se desenvolver. Isso em conjunto com os tratados de paz com Orgrimmar e canhões que afugentavam piratas vindos de Ratchet e demais localidades.
Theramore não era apenas uma cidade portuária que servia para jogadores de nível 30-40 subirem de nível, a cidade havia ganhado treinadores de profissão e de classe e inclusive um banco, teleportes e portais de magos ingame também levavam a Theramore. O conteúdo a seguir se passa prioritariamente no universo expandido de Warcraft. Claro que tem a história de sua fundação em Warcraft III, mas muito se passa em livros ou no comic. Tem muita coisa atrelada à história da própria Jaina aqui, já aviso.
Agora que sabemos o básico, vamos dar uma olhadela geral na história desta cidade-estado e única resistência humana em Kalimdor.
De Lordaeron à Kalimdor
A praga assolava os reinos do norte. O profeta avisou os grandes líderes de que isso aconteceria, pediu para que juntassem seu povo e que fossem para as terras esquecidas de Kalimdor. Mas nenhum dera ouvidos à Medivh. Terenas, Antonidas e Arthas. Três tentativas falhas.
Medivh então viu quem poderia liderar os humanos. A jovem aprendiz de Antonidas investigava a praga com o príncipe de Lordaeron, que por acaso era seu ex-noivo, e era a única que dava razão ao profeta. Jaina ajudou a derrotar o necromante Kel’thuzad, um ex-membro de Kirin Tor tal como ela, mas a praga não pararia por isso.
Jaina e Arthas seguiram viagem até Stratholme. E foi lá que seus caminhos se separaram pela segunda vez. Arthas expurgou a cidade já contaminada pela praga e Jaina, cansada dos dias sem comer ou dormir, retornou à Dalaran. Esta batalha em Stratholme pode ser revivida nas Cavernas do tempo. 🙂
Três dias depois, Jaina retorna à Stratholme, e Medivh finalmente fala com ela. A jovem maga não entendia o motivo, ela nunca liderara nada e duvidava que teria voz com o povo. Foi quando Arthas invadiu Dalaran que Antonidas percebeu quão arrogante ele havia sido com o profeta e que ele estava certo, Jaina era a última chance dos humanos de Lordaeron sobreviverem à praga. Ele pediu para que ela fosse embora antes que ele fechasse os meios de Dalaran com o exterior. Arthas estava aos portões e Antonidas não queria que ela visse seu ex-noivo naquele estado. Então ela se foi.
Após a destruição de Dalaran pelo Flagelo, Jaina Proudmoore juntou o maior número de sobreviventes que conseguiu, e com sucesso levou esse povo todo para Kalimdor, um continente desconhecido, mas mais seguro do que os reinos do leste, com a praga. Entre o contingente de gente estavam os humanos de Lordaeron, alguns elfos de Quel’thalas, anões e gnomos.
Em Kalimdor, eles se uniram à Nova Horda do chefe Guerreiro Thrall e aos Elfos Noturnos liderados por Tyrande e Malfurion, para combater Archimonde e a Legião Ardente que adentravam Azeroth. Esta batalha também pode ser conferida no WoW nas cavernas do tempo.
É claro que em Warcraft III você tem outra visão da coisa… Bom, de todo jeito os aliados venceram a Legião e agora os humanos, elfos, anões e gnomos liderados por Jaina encontravam um lugar para se estabelecer à costa de Dustwallow Marsh.
Tudo estava bem, os sobreviventes da expedição vinda e Lordaeron levantavam suas paredes e formavam sua fortaleza quando as tensões entre Orgrimmar e Theramore se levantaram pela primeira vez.
Não foi por querer mal, mas o Almirante Daelin Proudmoore trazia uma frota de Kul Tiras para auxiliar sua filha na batalha contra os orcs, sem saber que eles estavam em trégua, e mesmo sabendo, o velho almirante não iria deixar suas diferenças de lado para ter uma convivência pacífica com os assassinos de seu filho e herdeiro, Derek. Kul Tiras é um reino por si só, o que torna Jaina de linhagem pelo menos nobre, concedendo-a o título de Lady.
Jaina tentou explicar que eles não eram os mesmos, que dava para ser feita a paz, mas o seu pai não lhe ouviu, a batalha final desta guerra foi dentro de Theramore – onde Rexxar e seus aliados entraram e assassinaram Daelin, como uma forma de terminar o conflito.
E houve paz por 3 anos…
O Ciclo de Òdio
Theramore e Durotar estavam em paz, cansados mutualmente dos conflitos anteriores. Houve um ataque surpresa no mar. Um navio mercantil Orc fora atacado por piratas e aparentemente um navio da aliança próximo não prestou socorro. Ao saber do ocorrido, Lady Jaina envia a Coronal Lorena para Fortaleza da Guardanorte [Northwatch] investigar o caso. Ainda, Lagartos do Trovão [Thunder Lizards] estavam correndo soltos por territórios da Horda, aparentemente porque seu local de origem, Desfiladeiro do Trovão [Thunder Ridge], estava sendo desflorestado. Alguns dos conselheiros de Thrall começaram a acusar os humanos, especialmente Jaina, pelo modo mágico como isso ocorrera.
O Chefe Guerreiro pede a ajuda de Jaina para acertar a situação e então a envia sozinha para o campo onde se encontram os tais lagartos. A arquemaga então tenta teleportá-los para uma região remota de Mulgore, mas descobre que o local está guardado por poderosos escudos arcanos que protegiam seu único habitante. Ao quebrar as barreiras, Jaina descobre que ali vive uma ex-guardiã de Tirisfal, Magna Aegwynn.
Aegwynn era mãe de Medivh e também fora o motivo de Jaina começar a estudar magia. As duas não se dão muito bem no início, as perguntas contínuas e a admiração da maga mais jovem irritavam Aegwynn… Mas depois Aegwynn aprende a respeitar Jaina como líder. Retornando à Theramore, o grupo de Lorena foi atacado por orc membros do clã Burning Blade. O clã estava recrutando membros de diversas raças.
Aegwynn informa Jaina sobre o que está acarretando as tensões entre a Horda e Theramore. Há muito tempo, ela havia derrotado um demônio menor chamado Zmodlor, este demônio teria sobrevivido e fundado a Burning Blade e agora queria jogar uma facção contra a outra. Ao voltar a Theramore, Jaina e Aegwynn descobrem que o camareiro de Jaina estava corrompido pela Burning Blade, tal como um dos conselheiros de Thrall.
Depois de lidar com o traíra, Jaina, Aegwynn e a Coronel Lorena vão atrás daquele que encabeçou o esquema. O demônio Zmodlor se encontrava em uma caverna e tinha diversos assistentes Warlocks. A luta foi intensa, mas Jaina saiu vitoriosa, e volta à Theramore com uma nova aliada, Aegwynn, que aceita preencher a vaga de camareira. Thrall lida com o traidor do seu lado, e restabelece os laços de paz com Theramore em papel, selando um trato oficial.
O Novo Conselho de Tirisfal
O rei do reino de Ventobravo [Stormwind] sumiu a caminho de Theramore. Na verdade ele fora abduzido por Lady Kratana Prestor, na verdade Onyxia, dividido em dois, um acabou se tornando Gladiador nos ringues da Horda e o outro voltou para Ventobravo e estava sendo manipulado pela filha de Asa da Morte. Theramore se torna o palco da restauração das memórias perdidas de Lo’gosh, o lado gladiador de Varian, e após a união de ambas as partes em um só corpo, a cidade vira um ponto neutro de diplomacia para ambas facções, com todos os encontros sendo monitorados por Lady Jaina.
Um desses encontros foi interrompido pela ação do Culto do Martelo do Crepúsculo [Twilight Hammer’s Cult] e mais tarde uma série de ataques seguiram-se à cidade. Primeiro o Flagelo veio atacar com necrópoles, e a meia orc, meia draenei Garona, foge de sua captividade em Theramore. E depois os Sem Rosto [Faceless Ones] de Cho’gall e elementais atacaram o local.
Para lidar com o servo dos Deuses Antigos, Jaina e Aegwynn então formaram o Novo Conselho de Tirisfal, buscando um representante de cada classe – Aegwynn, Jaina, Meryl Winterstorm, Justicar Maraad, Dalynnia Wrathscar, Broll Bearmantle, Rohan, Krank Axeljink e Reghar Earthfury, com uma participação menor de Valeera Sanguinar – e escolhendo Med’an como seu guardião. Med’an é fruto do relacionamento de Medivh e Garona, e sendo neto de Aegwynn, a ex-guardiã viu uma oportunidade de redimir seus erros.
Aegwynn se sacrifica pela vida de seu neto, Cho’gall é derrotado, Jaina retorna à Theramore. A presença de Aegwynn faria falta. Os demais membros do novo conselho se dissipam, e Med’an some – há boatos de que ele esteja treinando com Maraad em Shattrath.
Ondas da Guerra [Tides of War]
Marés da Guerra
Primeiro, Jaina encontra com Thrall para pedir ajuda para lidar com Garrosh, para evitar que mais inocentes pagassem pelo preço da hesitação deles…
O Focusing Iris estava sendo movido de Nexus para o fundo do oceano próximo a Coldarra, escoltado por 5 dragões azuis em suas formas humanóides, viajando como se fossem uma simples caravana. O artefato da Revoada Azul foi roubado, os dragões mortos e nenhum rastro útil para uma investigação sobre os responsáveis fora encontrado.
O ex-aspecto, e líder da revoada azul, Kalecgos, parte de Nexus a procura de ajuda. Rhonin o envia para Theramore, onde ele poderia conseguir ajuda de Jaina na busca do artefato roubado. Ele possui uma sintonia com o Focusing Iris, mas a presença muda e ele a perde de vista de tempos em tempos. Com a ajuda de Jaina, ele consegue desvendar a magia que mascarava a posição do objeto.
Jaina agora tem uma aprendiz a pedido de Rhonin, é uma gnominha sorridente de cabelo rosa e de chiquinhas que atende pelo nome de Kinndy. Kinndy tem uma percepção aguçada e por vezes seu jeito irrita Pained. É interessante notar que Pained e Tervosh são dois NPCs que ficavam na torre de Theramore ao lado de Jaina e ambos aparecem constantemente no livro.
Pained é uma guarda-costas de Jaina apontada por Tyrande para defender a maga desde a batalha de Hyjal. Como a sacerdotiza de Eluna nunca a dispensou do serviço, Pained ficou por Theramore mesmo, chefiando a divisão de espiões de Theramore, que não é lá uma SI:7 mas funciona basicamente da mesma forma.
Além disso, o Kalec e a Jaina desenvolvem uma afinidade muito forte, e ele prefere voltar para Theramore do que ficar voando atrás do artefato, o que é muito compreensível… Bom… Enquanto isso em Orgrimmar…
Garrosh resolve chamar os demais líderes raciais da Horda para uma reunião. Baine, Vol’jin, Sylvanas, Lor’themar e Gallywix, com alguns dos representantes de suas respectivas raças se reunem com o Chefe Guerreiro para ouvir o que ele tem a dizer. A primeira coisa que se percebe é que a guarda do Chefe Guerreiro é composta por orcs do clã Blackrock.
Quando Garrosh anuncia seu plano, a perplexidade é geral. Garrosh quer tomar Kalimdor para si e para isso ele precisa derrubar os elfos noturnos… e para evitar que os elfos noturnos recebam reforços, eles têm que derrubar Theramore. Sylvanas protesta. Caso eles ataquem Theramore, a retaliação cairia para cima dela. Cidade Baixa é a capital da Horda mais próxima dos reinos do Leste, num território majoritariamente da Aliança. A Rainha Banshee teme que seu povo seja massacrado pela revolta que um ataque a Theramore possa gerar.
A ex-general de Luaprata se vira para o regente dos elfos sangrentos procurando um suporte, mas ele não se move. Baine e Vol’jin também são contra a idéia, Eitrigg também tem pouca voz na decisão do Chefe Guerreiro a medida que Garrosh se envolve mais com os orcs do clã Blackrock – especialmente um tal de Malkorok.
Então ele reúne seus exércitos próximos a Ratchet e a marcha à Theramore começaria. Antes passariam por Fortaleza Guardanorte [Northwatch Hold], um forte militar da aliança que se encontrava em um ponto estratégico em Sertões do Sul [Southtern Barrens]. Sylvanas e Lor’themar não vão pessoalmente, mas mandam representantes.
O ataque a Guardanorte acontece de surpresa, o forte não havia sido completamente reparado depois do Cataclismo e possuía ainda muitas falhas em seus muros e de estrutura. Mesmo assim, a Horda não exitou em escravizar elementais de Terra e de fogo para colocar medo no coração de seus inimigos.
Ao ver aquilo, os xamãs Tauren comunicam à Baine que tal ato fora proibido pelo Earthen Ring, que Garrosh estava desrespeitando os espíritos. Baine vai conversar com Garrosh, mas este não lhe dá muita atenção. Baine então faz uma reunião com outros membros da Horda para questionar a sabedoria dos movimentos de Garrosh, sem o intuito de trair o Chefe Guerreiro ou de criar motim.
Sabendo que Theramore teria um destino parecido com o de Guardanorte e temendo pela vida de Jaina e dos inocentes que ali moravam, Baine envia um mensageiro à Theramore carregando Fearbreaker, a maça que Anduin Wrynn havia lhe dado, como uma garantia da mensagem ser verdadeira e agradecimento pelo suporte dado à ele e ao seu povo até agora. O mensageiro informa Jaina sobre os planos de Garrosh e ela começa a aprontar suas defesas.
Garrosh deixa que Theramore reúna o máximo de aliados o possível, entre eles os Sentinelas, liderados por Shandris Feathermoon, General Marcus Jonathan de Ventobravo e uma frota naval da 7a Legião, Rhonin e alguns enviados de Kirin Tor (que, sendo neutros, apenas assistiriam na defesa de Theramore, eles não atacariam os membros da Horda), Vereesa Correventos e alguns membros da Silver Covenant, tal como membros ilustres da comunidade draenei, anã e gnômica.
A marcha para Theramore começa, o grupo se divide em dois, cada um indo por uma estrada para chegar aos portões de Theramore, fortificados pelos magos de Kirin Tor. Pained arma uma emboscada para o contingente liderado por Malkorok, e obtém atenção total do comandante orc, até que soa a retirada dos elfos noturnos e Malkorok perde seus inimigos de vista.
O pelotão de Garrosh enfrenta minas terrestres implementadas e uma resistência comandada pelo Almirante Aubrey. De algum modo, o orc sobrevive às explosões e chega aos portões de Theramore.
A Horda chegara nos portões ao norte, e começavam a bater contra o obstáculo. Os portões tremiam onde eles não deveriam tremer. Com magos de Kirin Tor fortificando-os, eles deveriam durar muito mais. Jaina reparou isso e com vontade, mandou uma explosão arcana no mago Fendessol [Sunreaver] Thalen Tececanto [Songweaver], o responsável por aquele portão. Agora, se você fez o cenário da Horda, este nome pode parecer familiar para você. O Elfo Sangrento não tentou se dizer inocente, ele contra-atacaria, quando Pained o acertou certeiramente na nuca com a bainha de sua espada, desacordando-o na hora.
Rhonin ficou decepcionado ao saber da traição dos Fendessol, ele imaginou então que fosse uma ação fora do comando de Aethas, o representante dos Fendessol no Conselho dos Seis de Dalaran, mas que isso pesaria contra a causa do Elfo Sangrento e seus aliados… ah, pesaria. Pained sugeriu um método de tortura para tirar informações do elfo, mas Jaina recusou, ela expressamente disse que eles não eram a Scarlet Ounslaught e não apelariam para este tipo de tática.
Mesmo que a Horda tenha conseguido entrar em Theramore, a Aliança faz com que a Horda recue de seu cerco, vencendo essa batalha na guerra…
Thalen Tececanto é resgatado por um grupo da Horda no meio da noite. Vereesa fica furiosa, e ela e Shandris saem em busca do traidor desaparecido. Theramore começa a limpar seus mortos, e se reorganizar depois da batalha. E até aqui isso é o propósito do cenário da Horda.
Continuando para o cenário da Aliança…
Kalecgos sente o Focusing Iris se aproximando com uma velocidade incrível, ele não sabe exatamente quando ele vai chegar e onde ele está, mas sabe que está vindo para Theramore. A proximidade do artefato impede que os portais funcionem direito. É dito no livro que Jaina envia muitos sobreviventes para Ventobravo e outras cidades capitais da Aliança.
Quando Rhonin vê a Mana bomb carregada pelo barco voador da Horda, ele sabe o que está por vir. A maior bomba de mana já criada estava sendo alimentada pelo artefato que gerenciava as linhas arcanas de Azeroth e vinha direto em sua direção. Jaina abria um portal para Ventobravo para sobreviventes quando ela percebe que seu portal está sendo redirecionado. Rhonin diz que é porque usa menos energia assim, as pessoas passam pelo portal, mas Jaina hesita. Quando ela percebe que ele não pode desarmar a bomba, ela exige que ele vá e que ela fique com a cidade ela, com o povo dela, que a responsabilidade era dela, mas o ruivo a empurra pelo portal mesmo assim. Kalecgos está voando e tenta fazer o mesmo que Rhonin, ele quer que a bomba exploda longe o suficiente para não atingir Jaina, mas a Horda atinge o Dragão e ele começa a cair. O plano de Rhonin é puxar a bomba para si para que ela exploda longe de sua esposa Vereesa e Shandris, salvando Jaina pelo portal, clamando que ela é o futuro de Kirin Tor.