Quem é Aegwynn?
Para entender a origem do poder de Aegwynn… Vamos por partes. Você deve estar se perguntando, o que diabos é o Conselho de Tirisfal? Tem algo a ver com os Renegados [Forsaken] ?
O conselho de Tirisfal, conhecido também apenas como ‘Tirisfalen‘, foi criado 3.000 anos antes da primeira guerra – quando os Orcs invadiram Azeroth pelo Dark Portal. A sua formação original era composta dos mais poderosos Highelves (alto-elfos) de uma organização de Silvermoon (Luaprata), Convocation of Silvermoon, e os mais poderosos magos humanos instalados em Tirisfal Glades, daí o nome Council of Tirisfal. Seu maior propósito era evitar os erros que seus antepassados Altaneiros [Highborne] haviam cometido, e combater a Legião Ardente [Burning Legion].
Dentre o conselho, era escolhido um campeão que lutaria contra as forças demoníacas da Legião. À esta pessoa era atribuído o título de Guardião de Tirisfal.
Aegwynn era a única menina entre 5 aprendizes de seu predecessor como guardião, um mago humano de nome Scavell. Ela conseguiu aprender com maestria nos pergaminhos Meitre dos Altaneiros [Highborne] e por este feito, unido a grande resistência que sofreu para se tornar uma maga, os elfos do conselho a dignificaram com o título de Guardiã Magna Aegwynn. De todos os guardiões que já passaram pela ordem, ela foi uma das mais famosas e importantes, assim como seu sucessor e filho, Medivh.
Ascensão
Assim que se tornou guardiã, Aegwynn começou seu trabalho imediatamente. Um demônio de nome Zmodlor estava possuindo crianças. Aegwynn se apressou e baniu o demônio antes que ele causasse maior dano à população. Dois membros do conselho já a condenaram por agir tão impulsivamente, Aegwynn agira sem pensar se o demônio tinha algum grande esquema por trás de suas magias. Aegwynn então brigou com o Conselho, dizendo que ela não poderia deixar que as crianças sofressem daquele mal enquanto o Conselho favorecia uma solução reativa aos demônios.
Em uma missão, Aegwynn foi à Northrend enfrentar um grupo de demônios que atormentavam os dragões. Ela eventualmente derrotou os demônios com a ajuda dos dragões e suas chamas. Das cinzas dos demônios surge então um avatar. Avatar é a manifestação física de um ser maior, neste caso era o Avatar do Titã Sargeras. – Sargeras, conhecido como ‘the Dark Titan’, é um titã que se desiludiu com a ordem das coisas no Universo e criou a Burning Legion para garantir que as coisas fossem destruídas para que se recriasse tudo a partir do nada, com equilíbrio, sim, ele ficou maluco.
Com a ajuda dos dragões, a guardiã de Tirisfal derrotou o avatar do Titã. Ela pegou e levou seu corpo para o centro do Oceano e enterrou seu corpo próximo ao Maelstrom, num lugar chamado Tomb of Sargeras (A Tumba do Sargeras), lugar que ele não poderia renovar seus poderes vindos do Twisting Nether.
Queda
Foi depois desse evento que Aegwynn começou a definhar. Dentro de sua arrogância, a maga acreditou que o conselho era desnecessário, que ela sozinha tinha poder o suficiente para proteger o mundo e tinha autoridade o suficiente para escolher o próximo Guardião de Tirisfal, seu sucessor. Seu maior erro foi ser cegada por esta arrogância, não vendo que ela estava servindo como peão de um plano muito maior de Sargeras…
E então, Aegwynn pensou que estava na hora de passar seus poderes adiante. Depois de 500 anos como guardiã, ela resolve produzir um herdeiro. Ela escolheu o pai: um dos maiores conjuradores de Azeroth, Nielas Aran. Nielas estava crente que Aegwynn estava apaixonada por ele, mas lentamente foi raciocinando que ele apenas foi usado para o propósito de ser pai de Medivh, que seria o próximo Guardião de Tirisfal, sucedendo sua mãe.
“Nielas Aran balançou a cabeça.
– Mas eu… – Ele parou por um momento – Mas você…? – Ele parou novamente. Finalmente quando ele falou, tinha algum fogo em seus olhos, e ferro em sua voz. – Adeus, Magna Aegwynn.
– Adeus, Nielas Aran. – disse Aegwynn. – Foi… agradável. – E assim ela se virou e não estava mais na sala.
Nielas Aran, chefe conjurador do trono de Azeroth (leia-se futura Stormwind), conspirador da Ordem de Tirisfal, e agora pai do futuro guardião Medivh, sentou à mesa perfeitamente montada. Ele pegou um garfo dourado, o virou entre seus dedos algumas vezes. Depois ele suspirou, e deixou-o cair no chão.”
O último Guardião
Medivh é um nome élfico e significa “aquele que guarda os segredos”, ele nasceu num outono e foi deixado por sua mãe com seu pai em Stormwind. Ela deixou para seu filho um conhecimento e um poder imensurável, trancafiados naquele corpo de bebê que só poderiam ser manifestados quando ele chegasse a maturidade física. Quando a hora chegou o imenso poder foi muito para o jovem Medivh controlar, os resultados foram catastróficos – isso inclui a morte de Aran, e Medivh entrando em coma. Mas não foram apenas os poderes de Tirisfal se manifestando no garoto que condenaram Aegwynn e Azeroth.
Tratei a história de Medivh em outro tópico, afinal ele pode ser considerado a peça mais importante de Warcraft:foi ele quem abriu o Dark Portal.
Vinte anos depois de cair em coma, quando Aegwynn finalmente foi atrás de seu filho, ela descobriu que ele havia feito pactos com a Burning Legion e descobriu uma terrível verdade: Quando ela lutou contra o Avatar de Sargeras, o Titã havia transferido sua essência para o corpo de Aegwynn, e isso foi transferido para o corpo do bebê Medivh quando ele ainda estava no útero de sua mãe.
Ah, eu vou colocar um trechinho do livro aqui, porque ele é muito épico, não vou traduzir tudo… (É muita coisa!!) Isso é quando Aegwynn descobre sobre Sargeras e Medivh :
” – Você ousa atacar sua mãe? – Aegwynn gritou, seu rosto marcado com a raiva.
(…)
– Mãe, você estava sendo histérica. – disse o Medivh do passado.
– Então um míssil mágico ia fazer eu ver as coisas claramente? – retrucou a Guardiã anterior. Khadgar viu que ela estava muito mais velha agora. Seu cabelo loiro agora estava branco tinham algumas rugas em volta de seus olhos e boca. Mesmo assim ela mantinha aquela presença das ocasiões anteriores.
– Mãe, você não está vendo as coisas direito. – disse o Medivh do passado.
– Responda. – Aegwynn retrucou severamente. – Por que você trouxe os orcs à Azeroth?
(…) realmente muitos (…)
-Você não é meu filho. – ela disse.
O Medivh do presente levou suas mãos ao rosto. Sua versão do passado disse:
– Não. eu nunca fui seu filho. Nada seu, realmente.
(…)
Aegwynn parecia chocada – Sargeras?”
-The Last Guardian
Agora Medivh estava louco, e a serviço da Legião ele abre um portal que transporta o exército Orc para Azeroth. Mãe e filho se confrontam, mas além dos poderes de um guardião, o rapaz também tem os poderes da Legião por trás para ajudá-lo. Incapaz de matar sua mãe, Medivh apenas a bane de sua vista.
Aegwynn então, num ultimo ato de desespero, marca uma audiência com o rei Llane Wrynn, pai de Varian, e o avisa sobre Medivh, sobre os orcs e tudo o que ele eventualmente enfrentaria. Sem saber o que fazer, ela espera e observa os eventos se sucedendo, quando finalmente vê seu filho morto, ela se bane da sociedade, deixando uma ultima palavra de fé para a Aliança, procurando se preparar para sua morte.
Redenção
Eventualmente ela foi encontrada, em Kalimdor num evento curioso: Thunder Lizards estavam entrando nos territórios da Nova Horda e destruindo suas vilas. Acusada por membros do conselho de Orgrimmar, a maga humana e governante de Theramore, Jaina Proudmore se prontificou para resolver o caso para os orcs a pedido do Chefe Guerreiro.
Aegwynn morava sozinha e isolada, protegida por uma barreira para não ser incomodada. Pois bem, eis que Jaina destruiu a barreira para investigar o território de onde os Thunder Lizards estavam vindo.
“A mulher colocou as mãos na cintura.
-Eu sei que você está aí, então pode parar de gastar esse feitiço para se esconder. – Ela balançou a cabeça enquanto andava até o poço, descendo o balde com a corda. – Honestamente, eles não ensinam à vocês jovens magos nada hoje em dia. A Citadela Violeta já foi pra panela, e essa é a verdade.
Jaina desativou seu feitiço. A mulher mal reagiu mais do que um tsc enquanto descia a corda.
-Meu nome é Jaina Proudmoore. Eu governo Theramore, a cidade humana neste continente.
– Fico feliz por você. Quando você voltar pra essa Theramore, melhore esse feitiço de invisibilidade. Não ia conseguir se esconder de um Bloodhound com resfriado com essa coisa.
Com sua mente cambaleando, Jaina percebeu que esta mulher não poderia ser qualquer uma além de quem ela imagina que poderia ser, por mais impossível que fosse.
– Magna, é uma honra conhecê-la. Eu achava que você estivesse —
– Morta? – a mulher bufou enquanto ela puxava a corda, sua boca mostrava sinais de tensão enquanto ela puxava o balde cheio de água. – Eu estou morta, Lady Jaina Proudmoore de Theramore, ou o suficientemente perto disso que não faz mais diferença. E não venha me chamando de “Magna”. Isso foi em outro tempo e em outro lugar, e eu não sou mais aquela mulher.
– Esse não é um título que se perde, Magna. E eu não poderia ousar de te chamar de qualquer outra coisa.
– Exagero. Se você for me chamar de qualquer coisa, me chame pelo nome. Me chame de Aegwynn.”
Ciclo de ódio
A primeira reação da ex-guardiã foi a antipatia, Jaina não calava a boca depois de descobrir quem era a eremita que ali habitava. Aegwynn fora inspiração para Jaina se tornar maga e lutar pelo seu lugar como mulher na sociedade. Eventos se passam e Aegwynn eventualmente reconhece o valor da maga mais jovem, tanto como líder, tanto como praticante de magia e oferece seu apoio.
Elas descobrem o esquema da Burning Blade e do demônio Zmodlor – que ela já havia enfrentado séculos antes. Ela cede seus poderes à Jaina, que derrota o demônio e salva outra vez as relações pacíficas entre Theramore e Orgrimmar.
Aegwynn então decide morar em Theramore com Jaina como sua conselheira e chamberlain – uma espécie de camareira. A relação das duas era muito boa, Aegwynn trata de Jaina como igual, aprendiz e filha ao mesmo tempo, elas conversavam sobre tudo – inclusive o assunto Arthas.
Quando Varian é separado em dois, e seu lado Gladiador deixado em Theramore com seus companheiros, Aegwynn guia Valeera Sanguinar na sua luta contra seus demônios.
Mais tarde ela descobre ser avó: Med’an é um meio humano, 1/4 orc, 1/4 draenei filho de Medivh e da enviada Garona Helforcen, deixado com Meryl para ser criado longe dos negócios da mãe. Quando é criado o Novo Conselho de Tirisfal para combater Cho’gall, Aegwynn age como fundadora e se sacrifica pelo seu neto, finalmente encontrando a paz e a redenção que esperava desde seu erro com seu filho.
Aegwynn descobre a verdade por trás de Med’an, comic 21.
Aegwynn hoje
Atualmente Aegwynn se encontra enterrada ao lado de Aran, em Karazhan – Deadwind Pass.
Aegwynn foi guardiã de Tirisfal por 500 anos, esforçada, ganhou seu espaço numa sociedade dominada por homens, foi consumida por sua arrogância e pagou o preço. Encontrou um modo de se redimir e se sacrificou pelo seu neto com a cabeça erguida.
Atualmente o único membro do conselho original que se encontra perambulando por aí é Meryl Felstorm. No estado de morto-vivo, Meryl cuidou de Med’an, filho de Garona e Medivh, agindo como um pai para o menino meio humano, 1/4 draenei 1/4 orc. Meryl é um undead que não luta pelos Forsaken e nem pela Scourge, mas atua como membro do novo Conselho de Tirisfal, re-criado por Jaina Proudmoore e pela própria Aegwynn.