Ano 147.020 – O Amanhecer do Flagelo
(O Reino do Caos) A história começa em um momento de calmaria enganosa após as Guerras Trols e a Segunda Guerra, com o reino de Lordaeron no coração dos continentes do leste de Azeroth, apresentando-se como um farol de esperança e prosperidade. No entanto, esta paz é abruptamente abalada pela aparição de um misterioso profeta, que advoga sobre a iminente destruição que se avizinha na forma da Legião Ardente – uma poderosa e maligna força dedicada à erradicação de toda a vida.
Enquanto muitos desdenham as advertências do profeta, o príncipe Arthas Menethil, herdeiro do trono de Lordaeron, começa a investigar uma praga misteriosa que transforma os vivos em mortos-vivos. A praga, espalhando-se rapidamente, dá origem ao Flagelo, um exército de mortos-vivos controlado por uma entidade conhecida como o Lich Rei. Na tentativa de erradicar a fonte desta corrupção, Arthas embarca em uma jornada que o leva até os confins congelados de Northrend, onde a linha entre a justiça e a sede por vingança começa a embaçar.
A Queda de um Herói
A jornada de Arthas é um dos pontos centrais da narrativa de Warcraft III. Acompanhado pela Senhora Jaina Proudmoore, uma poderosa maga e sua antiga amante, Arthas persegue o necromante responsável pela praga, Mal’Ganis. Em sua obsessão para destruir o mal, Arthas é levado a tomar decisões cada vez mais extremas, incluindo a purgação da cidade de Stratholme, onde ele massacra sua própria população para impedir a propagação da praga. Este ato marca o início de sua queda, alienando-o de seus aliados e cavando um abismo entre ele e Jaina.
Sua jornada culmina em Northrend, onde Arthas obtém a espada amaldiçoada Frostmourne, esperando usar seu poder para vencer Mal’Ganis. No entanto, a espada vem com um preço alto: sua alma. Ao empunhar Frostmourne, Arthas se torna um servo do Lich Rei, eventualmente matando seu próprio pai e pavimentando o caminho para a ascensão total do Flagelo. A transformação de Arthas de um herói esperançoso em um vilão trágico é não só um conto de aviso sobre os perigos do poder e da obsessão, mas também estabelece as bases para conflitos futuros em Azeroth.
A Ascensão dos Elfos Noturnos e o Despertar dos Antigos
Na sequência dos eventos desencadeados pela corrupção de Arthas e o crescente poder do Flagelo, a narrativa de Warcraft III: O Reino do Caos se expande além dos reinos humanos para apresentar uma raça isolada e misteriosa: os Elfos Noturnos. Reclusos nas densas florestas de Kalimdor, os Elfos Noturnos vivem em estreita conexão com a natureza e são liderados pela astuta e poderosa sacerdotisa, Tyrande Whisperwind, e pelo estrategista e guerreiro, Archdruid Malfurion Stormrage.
Despertar em Kalimdor
Com a Legião Ardente avançando sobre Azeroth, o perturbado sonho de Malfurion Stormrage é interrompido. Além de enfrentar a ameaça externa, os Elfos Noturnos são forçados a lidar com um conflito ancestral ao liberar o irmão gêmeo de Malfurion, Illidan Stormrage, da sua prisão milenar. Illidan, conhecido por seu poder e sua busca constante por mais, é visto ao mesmo tempo como uma potencial arma contra a Legião e uma ameaça devido ao seu passado sombrio marcado pela traição.
Ao mesmo tempo, a árvore mundial Nordrassil, que é a fonte da vida e da magia dos Elfos Noturnos, bem como a selagem dos poderes caóticos da Legião Ardente, está sob ameaça pela crescente invasão. Tyrande e Malfurion, navegando a complexidade dos seus deveres para com seu povo e o mundo, guiam os Elfos Noturnos contra os invasores, revelando alianças inesperadas.
Alianças Inusitadas e o Surgimento de um Novo Inimigo
Enquanto Azeroth é devastada pela guerra, alianças inusitadas começam a se formar. Jaina Proudmoore e o Chefe Guerreiro orcs, Thrall, encontram-se em Kalimdor, e sob a orientação do misterioso profeta – revelado como sendo Medivh, o último Guardião de Tirisfal, ressuscitado para reparar os erros de seu passado – os líderes concordam em colocar de lado velhas inimizades em prol de um bem maior. Juntos, Humanos, Orcs e Elfos Noturnos formam uma frágil, porém poderosa, coalizão contra a Legião Ardente.
Esta união é posta à prova com a chegada da Legião Ardente, liderada por Archimonde, e sua tentativa de se aproveitar do poder de Nordrassil para consumar a sua invasão. A batalha culmina na Montanha Hyjal, onde a coalizão de raças faz uma última e desesperada defesa. Illidan, apesar de oferecer sua ajuda, persegue seus próprios objetivos, consumindo o poder do Crânio de Gul’dan e transformando-se em um ser demônico. Seu ato de consumir o crânio e obter poderes proibidos apenas reforça a desconfiança dos demais aliados.
A Batalha de Mount Hyjal e Consequências
A defesa de Mount Hyjal se torna uma das batalhas mais icônicas de Warcraft, uma culminação dos esforços conjuntos das raças contra um inimigo comum. A estratégia dos defensores envolve recuar gradualmente, atraindo a Legião para perto da árvore mundial. Em um ato de sacrifício supremo, Malfurion e os outros líderes decidem liberar a energia de Nordrassil, aniquilando Archimonde e salvando Azeroth da devastação total – mas ao custo de grande parte do poder dos Elfos Noturnos.
Warcraft III: O Reino do Caos não apenas conclui com a derrota da Legião Ardente, mas também com o despertar de Azeroth para uma nova era, uma onde as antigas inimizades precisam ser reavaliadas frente aos desafios compartilhados. A aparição temporal de Medivh serve como um lembrete de que, apesar das diferenças, a união fez possível o sucesso contra um mal imensurável, sinalizando um período de cooperação cautelosa, porém necessária, entre as raças de Azeroth.